O Banco Central da Argentina interveio no mercado de câmbio local pela vez desde que implementou a banda cambial em abril. A atuação foi feita no momento em que o peso se desvalorizou além desse limite.
A autoridade monetária vendeu US$ 53 milhões na quarta-feira, de acordo com seu relatório diário sobre reservas cambiais. O banco central havia contestado anteriormente uma reportagem da Bloomberg de que a moeda havia ultrapassado o teto da banda cambial, observando que havia previsto o limite superior em 1.474,5 pesos por dólar para o dia.
Até quarta-feira, a autoridade monetária da Argentina não havia intervenção direta para sustentar o peso desde que o presidente Javier Milei fechou um acordo de US$ 20 bilhões com o Fundo Monetário Internacional em abril. Sob esse acordo, o banco central de Milei suspendeu alguns controles cambiais e gratuitos em deixar o peso flutuar livremente em uma faixa aberta que se expande gradualmente em 1% ao mês.
Assim que o peso atingir o piso ou o teto da faixa, as autoridades monetárias estão autorizadas, de acordo com o FMI, a intervir diretamente. No entanto, Milei implementou outras táticas, como a venda de dólares ou contratos futuros de câmbio pelo Tesouro argentino, para estabilizar o peso nos últimos meses.