Economia

BDRs da Stone fecham em queda de 24% após prejuízo; Petrobras cai 5%

Investidores dos papéis da estatal realizam lucros após os fortes ganhos dos últimos pregões.

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Os recibos de ações (BDRs) da empresa de pagamentos StoneCo negociados na B3 terminaram a sexta-feira (19) em forte queda depois que a companhia reportou prejuízo líquido no segundo trimestre, revertendo os ganhos registrados no mesmo intervalo do ano passado.

Além disso, a maior parte dos papéis que compõem o principal indicador da B3, Ibovespa, terminaram o pregão em queda, em dia marcado por temores econômicos generalizados diante de sinalizações mais duras de autoridades do banco central dos Estados Unidos.

Em contrapartida, o grupo de medicina Fleury figurou entre as poucas altas do Ibovespa, após seus acionistas aprovarem a combinação de seus negócios com o Hermes Pardini, que, por sua vez, terminou em queda.

A sessão também foi negativa para as principais companhias que atuam com commodities, com a Petrobras entre os principais declínios em meio à realização de lucros por investidores.

A concessionária CCR também terminou no vermelho na esteira da assinatura de um termo aditivo junto ao governo do Estado de São Paulo. Confira os destaques registrados no dia:

StoneCo

A empresa pagamentos StoneCo (STOC31) registrou tombo de 24,17%, a R$ 45,84. A queda acentuada ocorre após a empresa reportar prejuízo líquido de R$ 489 milhões no segundo trimestre, após lucro de R$ 526 milhões um ano antes, impactado especialmente pela desvalorização das ações do banco Inter (INBR31), no qual tem participação.

Para o Itaú BBA, os resultados da Stone corresponderam às expectativas, com lucro líquido ajustado de R$ 77 milhões. Além disso, os custos e despesas ajustados ficaram abaixo das receitas, o que contribuiu para o aumento de margens da empresa. O banco disse ainda que as projeções anunciadas sugerem uma desaceleração no crescimento de volume no terceiro trimestre, mas uma aceleração nos ganhos de eficiência.

Para o BTG Pactual, a rentabilidade da empresa ainda está aquém das expectativas, mas a Stone superou o limite máximo de guidance (projeção) para o TPV (volume total de pagamentos); para a receita total e o EBT ajustado, mas a receita financeira foi, na verdade, a principal razão para que pudesse superar as expectativas do faturamento.

“Se levarmos em conta as despesas financeiras, os número vieram um pouco mais fracos do que projetávamos”, escreveram os analistas.

O BofA, por sua vez, considerou os resultados mistos “embora o crescimento do TPV e as adições de clientes tenham sido robustos, a margem líquida permaneceu sob pressão significativa, uma vez que os aumentos de preços e ganhos de eficiência não foram suficientes para compensar as maiores despesas financeiras”.

Em contrapartida, o EBT ajustado da Stone de R$ 107 milhões foi melhor do que a estimativa de R$ 98 milhões do banco (e a projeção de R$ 90 milhões da própria Stone) “refletindo uma geração de receita ligeiramente maior e CPV e SG&A significativamente menores”. Por fim, reiterou a casa, o prejuízo líquido reportado de R$ 489 milhões refletiu as perdas com investimentos do Inter.

Hermes Pardini

O Instituto Hermes Pardini (PARD3) caiu 0,79%, para R$ 20,21, enquanto o grupo Fleury (FLRY3) subiu 0,12%, para R$ 16,27,

As empresas informaram na véspera que seus acionistas aprovaram, em suas respectivas assembleias gerais extraordinárias (AGEs), a combinação dos negócios das companhias.

A operação passará por aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

CCR

A CCR (CCRO3) caiu 1,13%, para R$ 14,04. A empresa assinou com Estado de São Paulo um termo aditivo para promover o reequilíbrio econômico-financeiro em razão do não repasse do reajuste das tarifas de pedágio das concessionárias que compõem o grupo.

O objetivo, pontuou a empresa, é estabelecer a metodologia de recomposição do reequilíbrio dos contratos por meio de pagamentos bimestrais às concessionárias e consignar que o reajuste tarifário ocorra até 16 de dezembro de 2022.

Commodities

Entre as companhias que atuam com commodities, as ações da Petrobras caíram forte em meio à oscilação dos preços do petróleo no exterior e em razão da realização de lucros pelos investidores, após os ganhos registrados nos últimos pregões.

A mineradora Vale e as siderúrgicas também recuaram na esteira de preocupações sobre a economia chinesa, o principal mercado consumidor do minério de ferro.

Ação Cotação em R$Variação em relação ao pregão anterior em %
CMIN3 3,81-3,05
PETR4 32,57-2,54
CSNA3 15,37-2,84
USIM5 9,05-1,52
RRRP3 34,83-0,85
GGBR4 23,73-2,02
PETR3 35,31-4,07
USIM3 8,96-0,55
GGBR3 19,810,00
PRIO3 23,97-2,72
VALE3 66,96-1,12

*Notícia em atualização

Destaques da semana

Maiores quedas

Ação Variação em %
YDUQ3-20,71
BPAN4-9,8
QUAL3-9,52
CSNA3-7,91
DXCO3-7,81
CASH3-7,46
PRIO3-7,34
BBAS3-6,92
GGBR4-6,5
BRKM5-6,36

Maiores altas

Ação Variação em %
MRFG38,46
BEEF37,38
JBSS36,41
SBSP36,2
POSI36,12
CPFE35,73
MGLU35,59
BRFS35,26
EZTC33,91
CIEL33,8

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