Economia

Brasileiro ainda conta com INSS e poucos guardam dinheiro para aposentadoria

Segundo a Anbima, menos de um quinto dos brasileiros fazem reserva financeira para o momento de parar de trabalhar.

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Mais da metade dos trabalhadores no Brasil vão depender do benefício do INSS ao se aposentarem. E menos de um quinto já começou a fazer uma reserva financeira para o momento de parar de trabalhar. A conclusão é da 6ª edição do Raio X do Investidor Brasileiro, uma pesquisa da Associação Brasileira de Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (ANBIMA), em parceria com o Datafolha.

De acordo com a pesquisa, em 2022, 51% dos não-aposentados estimam que, no futuro, dependerão da previdência social para se sustentarem. Ainda que alta, a porcentagem representa uma queda em relação a 2021, quando 55% contavam com o INSS.

(Foto: Sabine van Erp por Pixabay)

Apesar desse recuo, apenas 18% dos trabalhadores ouvidos no Raio X do Investidor Brasileiro declararam já ter começado a fazer reservas para aposentadoria, numa proporção que segue as linhas de classe: 32% nas classes A/B, 15% na Classe C e apenas 11% nas classes D/E.

A maioria (58%) dos trabalhadores pretende começar a fazer reservas para o futuro, com destaque para as classes C (61%) e D/E (60%). Na outra ponta, 24% dos trabalhadores não iniciaram esse esforço e nem pretendem fazê-lo

Em paralelo, aumentou a porcentagem daqueles que esperam seguir trabalhando mesmo depois da aposentadoria, de 20% em 2021 para 22% em 2022. Esse aumento foi puxado pelos trabalhadores da Classe C: em 2021, 20% deles previam que dependeriam de salário quando aposentados; em 2022, a porcentagem saltou a 24%, quase um quarto do segmento.

Previdência privada

Uma parcela equivalente a 6% dos trabalhadores acredita que a previdência privada ajudará a sustentar a vida durante a aposentadoria, basicamente o mesmo número apurado em 2021, quando a porcentagem ficou em 5%.

A 6ª edição do Raio X do Investidor Brasileiro ouviu 5.818 pessoas das classes A/B, C e D/E, de 16 anos ou mais, nas cinco regiões do País, em novembro de 2022. A margem de erro da pesquisa é de um ponto porcentual para mais ou para menos, dentro do nível de confiança de 95%.

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