Economia
Conselho do FGTS aprova tetos de renda maiores para Casa Verde e Amarela
Grupo de renda maior, por exemplo, passou a ter limite de até R$ 8 mil de renda.
O Conselho Curador do FGTS aprovou nesta quinta-feira (7) medidas que o setor da construção espera serem capazes de destravar o programa habitacional Casa Verde e Amarela, impactado pela alta de custos e queda da renda de famílias pressionadas pelo aumento da inflação.
Os limites de renda familiar mensal bruta para candidatos ao programa habitacional foram elevados. A subfaixa 1, de renda entre R$ 2,4 mil e R$ 2,6 mil, teve o teto ampliado a R$ 3 mil. A faixa mais baixa de até R$ 2,4 mil foi mantida.
Acima destes patamares, o conselho aprovou a elevação de valores do grupo intermediário – que subiu de R$ 2,6 mil a R$ 4 mil para R$ 3 mil a R$ 4,4 mil mensais – e do grupo de renda maior, que passou de R$ 4 mil a R$ 7 mil para R$ 4,4 mil a R$ 8 mil.
A reunião do conselho ocorreu mais cedo. No final da sessão, as ações das construtoras encerraram em forte alta. MRV (MRVE3) subiu 6,42%, Tenda (TEND3) saltou 11,69%, Plano&Plano (PLPL3) valorizou-se 6,37% e Direcional (DIRR3) ganhou 4,43%.
“As medidas representam avanços para melhorar a condição de quem produz (construtoras) e manter a condição de compra do cidadão brasileiro que quer adquirir seu imóvel”, afirmou o secretário Nacional de Habitação do Ministério do Desenvolvimento Regional, Alfredo Santos, durante apresentação online promovida pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic).
O presidente da Cbic, José Carlos Martins, afirmou que as medidas “são excelentes e ajudam bastante”.
Santos disse que as medidas representam uma ampliação de até R$ 19 mil na capacidade de financiamento das famílias e que as reduções nas taxas de juros serão de 0,75% e 1,16% nas faixas do Casa Verde e Amarela. Segundo o secretário, 31% da carteira do programa será beneficiada com a redução dos juros.
Além disso, o conselho aprovou mudanças no programa Pró-Cotista, voltado para quem não se enquadra no Casa Verde e Amarela.
Segundo Santos, haverá uma redução até o final do ano da taxa de juros Pró-Cotista de 1%, para 7,66% ao ano, para imóveis avaliados em até R$ 350 mil. No caso de imóveis acima deste valor, a redução será de 0,5%, para 8,16% ao ano.
A expectativa do setor da construção é que as medidas aprovadas entrem em vigor até 18 de julho.
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