Economia

Ibovespa fecha acima de 121 mil pontos, maior nível em quase 3 meses

Na semana, o Ibovespa subiu 2,93% e o dólar caiu 1,59%.

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O Ibovespa, principal índice da B3, fechou em alta na tarde desta sexta-feira (16) e voltou a superar os 121 mil pontos no pregão, após quatro altas. Já o dólar fechou em queda sobre o real.

O Ibovespa subiu 0,34%, aos 121.114 pontos. É o maior nível de fechamento desde 18 de janeiro (121.241 pontos). Já o dólar caiu 0,71%, comercializado a R$ 5,5843. Veja mais cotações. Na semana, o Ibovespa subiu 2,93% e o dólar caiu 1,59%.

Analistas têm apontado que o mercado no Brasil nos últimos dias foi beneficiado pelo ambiente global mais favorável, mesmo em meio às preocupações internas. O clima positivo no exterior vem em meio a dados promissores das principais economias globais, compensando as incertezas fiscais e políticas domésticas.

Dados desta sexta-feira mostraram um crescimento recorde de 18,3% da China no primeiro trimestre de 2021, elevando o otimismo em torno de uma recuperação econômica global.

No dia anterior, dados promissores sobre as vendas no varejo e o emprego nos Estados Unidos já haviam colaborado para as apostas em uma retomada na atividade.

Incertezas domésticas

Se o cenário externo tem ajudado o mercado, internamente analistas ainda apontam cautela. Um dos pontos é o cenário político, com o mercado de olho especialmente nas eleições de 2022 após o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter se tornado elegível sob aval do Supremo Tribunal Federal (STF).

Há ainda as preocupações em relação ao cenário fiscal. Na quinta-feira (16), a equipe econômica definiu na quinta-feira uma meta de déficit primário de R$ 170,474 bilhões para o governo central em 2022, segundo projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) enviado ao Congresso.

A divulgação do projeto da LDO se dá sem que o presidente Jair Bolsonaro tenha sancionado ainda o Orçamento de 2021, que foi considerado inexequível na forma como aprovado pelo Congresso, com subestimativa de despesas obrigatórias.

O impasse, ainda sem solução clara, agravou as preocupações com o quadro fiscal, que já era cercado de incertezas diante das demandas por gastos com o enfrentamento da crise de saúde e econômica gerada pela pandemia da covid-19.

“Os mercados estão mostrando tendência a acreditar que Bolsonaro vai vetar parcialmente (o Orçamento)”, disse Marcos Weigt, chefe de tesouraria do Travelex Bank. Para ele, caso haja uma resolução das dúvidas nessa frente, pode haver um espaço maior de recuperação para o real, já que o maior fator de pressão para a moeda doméstica no momento é a incerteza fiscal.

O último pregão da semana também era influenciado pelas operações visando o vencimento de opções sobre ações na bolsa paulista na segunda-feira. A B3 também divulgou nesta sexta-feira a segunda prévia do Ibovespa que vai vigorar de 3 de maio a 3 de setembro, mantendo a entrada de Locaweb e incluindo Banco Inter Unit.

Destaques da bolsa

Lojas Renner (LREN3) capitaneou os ganhos, com elevação de 11,91%, após divulgar que avalia realizar uma oferta primária de ações com esforços restritos e que já engajou assessores financeiros.

Natura&Co (NTCO3), por sua vez, ficou entre os destaques negativos, com queda de 5,07%, tendo no radar evento com analistas e investidores fechado à imprensa, além de projeções para 2023 e revisão nas estimativas de sinergia com a Avon.

Bolsas globais

Bolsa de Nova York. REUTERS/Brendan McDermid/File Photo

Os três principais índices de Wall Street encerraram esta sexta-feira em alta na sessão e na semana, com o S&P 500 e o Dow Jones cravando máximas recordes de fechamento. Investidores interpretaram fortes dados econômicos e balanços do setor bancário como sinais de impulso na recuperação norte-americana da pandemia da covid-19.

  • O índice Dow Jones subiu 0,48%, a 34.201 pontos
  • S&P 500 ganhou 0,360875%, a 4.185 pontos
  • O índice de tecnologia Nasdaq avançou 0,1%, a 14.052 pontos.

Na semana, o S&P 500 valorizou-se 1,4%, o Dow Jones aumentou 1,2%, e o Nasdaq ganhou 1,1%.

As ações europeias terminaram em máxima recorde nesta sexta-feira, completando sua sétima semana consecutiva de ganhos, depois que fortes dados dos Estados Unidos e da China estimularam otimismo sobre uma rápida recuperação global, enquanto o balanço otimista da alemã Daimler impulsionou ações de montadoras.

  • Em LONDRES, o índice Financial Times avançou 0,52%, a 7.019,53 pontos.
  • Em FRANKFURT, o índice DAX subiu 1,34%, a 15.459,75 pontos.
  • Em PARIS, o índice CAC-40 ganhou 0,85%, a 6.287,07 pontos.
  • Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve valorização de 0,88%, a 24.744,38 pontos.
  • Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou alta de 0,49%, a 8.613,50 pontos.
  • Em LISBOA, o índice PSI20 valorizou-se 0,57%, a 5.016,48 pontos.

As ações da China fecharam em alta nesta sexta-feira, com os investidores comemorando o crescimento robusto do PIB local registrado no primeiro trimestre, embora as preocupações persistentes com o aperto da política monetária tenham levado a uma perda semanal.

  • Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 0,14%, a 29.683 pontos.
  • Em HONG KONG, o índice HANG SENG subiu 0,61%, a 28.969 pontos.
  • Em XANGAI, o índice SSEC ganhou 0,81%, a 3.426 pontos.
  • O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, avançou 0,35%, a 4.966 pontos.
  • Em SEUL, o índice KOSPI teve valorização de 0,13%, a 3.198 pontos.
  • Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou alta de 0,48%, a 17.158 pontos.
  • Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES valorizou-se 0,53%, a 3.201 pontos.
  • Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 avançou 0,07%, a 7.063 pontos.

(*Com informações da Reuters)

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