Economia
É verdade que a economia brasileira para durante o Carnaval?
Apesar de vez em quando ouvirmos críticas sobre nossa tradicional festança prolongada, a data não só gera milhares de empregos como é um dos momentos de maior produtividade brasileira no ano.
Muitos críticos dizem que ninguém trabalha no Carnaval, que o país inteiro para e que o feriado gera um grande prejuízo para a economia. Mas será que isso é verdade?
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É mesmo um mês atípico, em que a folia toma conta do país não só nos dias de feriado, mas também nos finais de semana antes e depois do Carnaval oficial.
Então como tudo funciona tão bem e a festa continua trazendo cada vez mais adeptos de todas as partes do país e do exterior?
Números do Carnaval
Na verdade, segundo dados do site “Trading Economics”, fornecidos pelo Banco Central do Brasil, o período do Carnaval representa uma variação positiva significativa na produtividade brasileira, ficando acima de meses como dezembro e julho, por exemplo.
Enquanto muita gente se diverte, muitos têm que trabalhar duro para que a festa continue. Segundo uma estimativa da Confederação Nacional do Comércio (CNC), mais de 18 mil vagas formais de emprego devem ser preenchidas para o feriado em 2020 só na cidade de São Paulo. Isso sem contar o trabalho informal, que literalmente “faz a festa” nessa época do ano.
Entre os mais de mil blocos e desfiles programados para este ano na capital paulista, São Paulo espera faturar quase R$ 2 bilhões com a data.
Em todo o país, o Ministério do Turismo espera que a festa atraia mais de 11 milhões de turistas, dentre eles, 400 mil estrangeiros. Ao todo, o órgão espera que mais de 8 bilhões de reais sejam injetados na economia brasileira.
Dessa perspectiva, fica fácil ver que o maior feriado do nosso calendário não mobiliza apenas os foliões atrás dos trios elétricos, mas também contribui (e muito) para o aquecimento da economia brasileira.