Economia
Facebook e Instagram crescem como pontos de venda de falsificações de grifes
Pesquisa mostrou falsificadores vendendo imitações de marcas de luxo, incluindo Gucci, Louis Vuitton, Fendi, Prada e Chanel.
A Meta, dona do Facebook (FBOK34), está lutando para impedir que falsificadores empurrem produtos de luxo falsos da Gucci e Chanel em seus aplicativos de mídia social, à medida que a empresa entra no comércio eletrônico.
“Facebook e Instagram são os principais mercados onde produtos falsificados são vendidos. Costumava ser o eBay há 10 anos e a Amazon há cinco anos”, disse Benedict Hamilton, diretor da Kroll, empresa de investigação privada contratada por marcas prejudicadas por falsificação e contrabando.
A pesquisa, liderada pela empresa de análise de mídia social Ghost Data e compartilhada com a Reuters, mostrou falsificadores vendendo imitações de marcas de luxo, incluindo Gucci, Louis Vuitton, Fendi, Prada e Chanel.
Foram identificadas mais de 26 mil contas de falsificadores ativos operando no Facebook e mais de 20 mil no Instagram, acima da contagem no ano anterior, mas abaixo do pico de 2019, quando identificaram cerca de 56 mil contas. Cerca de 65% das contas encontradas em 2021 foram baseadas na China, seguidas de 14% na Rússia e 7,5% na Turquia.
A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que estimou que o comércio global de produtos falsificados chegou a US$ 464 bilhões em 2019, disse que uma explosão no comércio eletrônico desde 2020 ditou crescimento maciço no fornecimento de produtos falsificados online.
Acadêmicos disseram que a fraude cresceu rapidamente durante a pandemia de covid-19, enquanto a legislação nos Estados Unidos e na União Europeia permaneceu incapaz de combatê-la.
Chanel, Gucci e Prada disseram que sua luta contra falsificadores tirou do ar centenas de milhares de postagens de mídia social no ano passado, mas não comentaram especificamente sobre os serviços da Meta. A LVMH, dona da Vuitton e da Fendi, que disse ter gasto US$ 33 milhões para combater a falsificação em 2020, não quis comentar.
Num relatório recente, a empresa disse que removeu 1,2 milhão de peças falsificadas do Facebook de janeiro a junho de 2021 e cerca de meio milhão no Instagram. A empresa disse que também removeu proativamente 283 milhões de conteúdos do Facebook que violam regras de falsificação ou violação de direitos autorais e cerca de 3 milhões no Instagram, antes de serem denunciados por marcas ou antes de serem lançados.
Veja também
- Peugeot e Citroën vivem dias de glória sob comando da Stellantis
- OIBR3 chega a oscilar 50% entre mínima e máxima em dia de aprovação do Cade
- Fundos Imobiliários: quanto investir para ter R$ 1 mil mensais em rendimentos?
- Qual a diferença entre TED e DOC? Descubra
- Por que a BR Malls caiu mais de 4%?; o que explica a virada do Ibovespa?