Economia
Ficou sabendo? Volta do sabonete Gessy; Méliuz estuda cisão; quem fatura na Copa
Sabonete Gessy volta ao mercado após 15 anos; Méliuz estuda cisão e listagem de seu banco digital Bankly; Cerveja e salgadinhos devem movimentar varejo físico na Copa.
Cerveja e salgadinhos devem movimentar varejo físico na Copa
A Copa do Mundo costuma ser temida por parte do varejo de lojas físicas já que, a depender do avanço da seleção brasileira na competição, o fluxo de pessoas nas lojas é reduzido a cada novo jogo. Um estudo elaborado pela NielsenIQ, no entanto, mostra quem deve faturar com os encontros dos torcedores para assistir aos jogos. Salgadinhos (53%), cerveja (44%) e churrasco (44%) serão os principais itens nesses pequenos eventos, com intenção de compra de 53%, 44% e 44% dos entrevistados, respectivamente.
A maioria (56%) disse que vai fazer compras apenas em lojas físicas. Na sequência, 11% disseram que irão nos estabelecimentos físicos e também farão pedidos em aplicativos de entrega de comida. Por conta dos horários dos jogos, sobretudo na primeira fase do mundial, a maioria dos brasileiros (61%) pretende assistir de casa às partidas.
Entre os que citaram compras via delivery de comida e bebida, 12% afirmaram que pretendem usar Rappi e Ifood, 7% Zé Delivery, aplicativo de entrega de bebidas geladas da Ambev, e a maior parte, 42%, somente Ifood.
Para a Ambev, a expectativa em relação à realização da Copa durante o verão brasileiro tem sido citada junto aos investidores como alavanca de aumento de vendas para o último trimestre. Em 2018, casos analisados pela NielsenIQ mostraram que priorização de embalagem, excelência de execução e promoções assertivas representaram o impulsionamento de vendas. Um exemplo de sucesso foi a prioridade que as cervejarias deram para os latões de 473 ml, por meio de promoções específicas para o atacarejo e o autosserviço.
“Esse tipo de ação de inteligência faz toda a diferença para as marcas que desejam performar melhor em momentos como uma Copa do Mundo”, afirmou diretor de Varejo da NielsenIQ, Roberto Butragueño. A Nielsen IQ aponta ainda que o segmento de atacarejo deve ser usado por empreendedores do ramo de alimentos para se abastecerem para o evento e que bares e restaurantes devem ter destaque de movimento durante a competição.
Por outro lado, vale lembrar que, para quem vende bens duráveis, a Copa do Mundo costuma ser uma alavanca, por exemplo, para a venda de TVs, logo, essas empresas estão antecipando promoções de Black Friday para captar esse consumo puxado pelo mundial. Magazine Luiza, Via, Americanas e Mercado Livre já anunciaram iniciativas do tipo.
Sabonete Gessy volta ao mercado após 15 anos
A Gessy está de volta, depois de mais de 15 anos fora do mercado. Tradicional em sabonetes em barra, a marca, que completa 113 anos em 2023, retornou às prateleiras dos supermercados e das farmácias em abril. “A primeira batelada de 5 milhões de sabonetes de perfume suave foi vendida num flash, já estamos no mercado com um segundo lote maior e um terceiro em negociação com o varejo”, conta Samuel Tocalino, sócio-diretor da Clariq.
Ele é tataraneto dos fundadores da Gessy, os imigrantes italianos, o sapateiro Giuseppe Milani e o químico Ettore Manarini. Juntos, eles iniciaram a produção de sabonetes em Valinhos (SP), que veio a ser a fábrica José Milani & Cia. A partir de 1930, a marca Gessy passou a dar nome à empresa.
Tocalino e dois irmãos abriram a Clariq para colocar de pé novamente a marca criada pela família. A meta é ter um grande projeto de longo prazo. “Queremos trazer a Gessy de volta ao panteão dos negócios brasileiros”, afirma.
No passado, a marca chegou a ser líder de higiene pessoal, com quase 80% do mercado de sabonetes do País. Também se tornou a maior anunciante brasileira em rádio e TV. No começo da década de 1960, a empresa foi vendida pelos herdeiros das famílias dos fundadores para a multinacional Unilever (ULEV34), de produtos de consumo, e a marca Gessy foi junto. “Meu bisavô contava que esse foi, na época, o maior negócio privado da história do Brasil até então, fechado na sede do Citibank, em Nova York (EUA).”
Méliuz estuda cisão e listagem de seu banco digital Bankly
A empresa de programas de fidelidade Méliuz (CASH3) informou nesta segunda-feira que seu conselho de administração autorizou estudos para cisão de seu negócio de banco digital Bankly e possível listagem das ações como empresa separada.
“O propósito da potencial transação é liberar o pleno potencial dos negócios de soluções de pagamento e banking da companhia, permitindo que operem de forma autônoma, com administração separada e foco nos seus respectivos modelos de negócios e oportunidades”, diz trecho do fato relevante.
A Méliuz afirmou ainda que a operação permitirá a cada um dos negócios “acesso direto ao mercado de capitais e a outras fontes de financiamento (…) criando assim mais valor para seus respectivos acionistas”.
A companhia afirmou ainda que contratou o Lazard e o Pinheiro Neto como assessores para a transação.
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