Economia
Fitch eleva perspectiva de nota de risco do Brasil de negativa para estável
De acordo com a agência, mudança “reflete a evolução das finanças públicas acima do esperado”.
A agência de classificação de risco Fitch elevou a perspectiva de nota de risco soberano (chamado de rating) do Brasil de negativa para estável.
De acordo com a agência, a mudança “reflete a evolução das finanças públicas acima do esperado em meio a sucessivos choques nos últimos anos” desde que atribuiu a perspectiva negativa para o país em maio de 2020.
“No ano passado, o Brasil registrou seu primeiro superávit fiscal primário desde 2013, destacando o desempenho superior das receitas e o compromisso das autoridades de retirar os estímulos implementados durante a pandemia”, destacou a Fitch em comunicado.
Sobre as eleições de outubro, a agência destacou que sua avaliação assume a continuidade da política macroeconômica após as eleições, embora a política microeconômica possa diferir dependendo do vencedor.
“O destino do teto de gastos, a influência do Estado nas empresas públicas e no investimento e a política ambiental relevante para as relações externas são questões-chave em jogo”, disse.
Números
A Fitch espera que a dívida do governo geral caia para 78,8% do Produto Interno Bruto (PIB), este ano, contra fatia de 80,3% em 2021 e de 88,6% em 2020, aproximando o índice do nível de 2019 (74,4%).
A agência projeta ainda um crescimento de 1,4% em 2022, acima dos 0,5% anteriores, refletindo um resultado melhor do que o esperado no primeiro trimestre de 2021, “com reabertura pós-pandemia de setores atrasados, uma sólida recuperação de empregos, aumento das transferências sociais e preços de commodities mais altos”.
“A Fitch espera que o impacto defasado do significativo aperto da política monetária e as incertezas globais e relacionadas às eleições domésticas devem restringir o crescimento daqui para frente e em 2023, apesar da resiliência até agora. Os riscos de queda persistem em nossa projeção de crescimento de 1% para 2023”.
Veja também
- Americanos querem que Trump resolva imigração primeiro e desigualdade de renda na sequência
- PIB dos EUA cresce 2,8% no 3º trimestre impulsionado por gastos de defesa e consumo
- Dólar a R$ 6,00 e pressão sobre os juros: o contágio do ‘Trump trade’ para o Brasil
- O pacote de estímulos da China ainda não convenceu os economistas. A solução? Mais estímulos
- Após ataques de Israel ao Líbano, mísseis do Irã atingem território israelense