Economia

FMI sobe a mais de 2% projeção de crescimento da economia brasileira em 2023

Projeção do FMI para 2024, no entanto, foi reduzida.

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O Fundo Monetário Internacional (FMI) melhorou com força sua estimativa para o crescimento da economia do Brasil neste ano depois do forte desempenho no primeiro trimestre, mas rebaixou a perspectiva para 2024 em relatório divulgado nesta terça-feira (25).

Na atualização de seu relatório Perspectiva Econômica Global, o FMI passou a ver uma expansão do Produto Interno Bruto do Brasil (PIB) de 2,1% em 2023, um aumento de 1,2 ponto percentual em relação à estimativa de abril. No entanto, para 2024 a projeção do FMI foi reduzida em 0,3 ponto percentual, para 1,2%.

Segundo o FMI, a revisão para cima na estimativa deste ano se deve “ao aumento na produção agrícola no primeiro trimestre de 2023, com repercussões positivas na atividade em serviços”.

Colheita de soja em fazenda de Ponta Grossa, no Paraná 25/04/2023 REUTERS/Rodolfo Buhrer

A economia brasileira superou as expectativas no primeiro trimestre com uma taxa de crescimento de 1,9%, refletindo o desempenho mais forte do setor agrícola em quase três décadas. Mas a política monetária restritiva ainda deve pesar com mais intensidade sobre a atividade à frente, contendo a expansão.

Após esse resultado do PIB as projeções do FMI feitas em abril foram criticadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que disse desejar provar que o Fundo estava errado sobre sua perspectiva para o crescimento do país.

Mas mesmo com a revisão, a estimativa do FMI para 2023 ainda é um pouco mais pessimista do que a do Ministério da Fazenda, que este mês passou a calcular um crescimento de 2,5% para o PIB deste ano, contra previsão de 1,9% feita em maio. Para 2024, a pasta apresentou estimativa de alta de 2,3%, a mesma de maio.

América Latina

O desempenho melhor esperado do Brasil foi um dos motivos por trás da melhora de 0,3 ponto na estimativa para o crescimento da América Latina e Caribe, para 1,9%, em 2023.

Reflete também um crescimento mais forte esperado para o México, com aumento de 0,8 ponto percentual na estimativa, a 2,6%, o que representa portanto um desempenho melhor do que o do Brasil, devido à recuperação pós-pandemia em serviços e em meio à resiliência da demanda dos Estados Unidos.

Para 2024, a previsão para a região da América Latina e Caribe permaneceu em expansão 2,2%.

Já para o grupo de Mercados Emergentes e Economias em Desenvolvimento, do qual o Brasil faz parte, o FMI melhorou sua projeção de expansão em 2023 em 0,1 ponto percentual, mas piorou a de 2024 pela mesma magnitude, a, respectivamente 4,0% e 4,1%.

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