Economia

Investimento direto no país soma US$ 6,103 bi em julho, revela BC

Investimento estrangeiro em ações brasileiras ficou negativo; investimentos em fundos e renda fixa ficaram positivos.

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Ainda em meio às incertezas causadas pela pandemia, os Investimentos Diretos no País (IDP) somaram US$ 6,103 bilhões em julho, informou nesta quarta-feira o Banco Central. No mesmo período do ano passado, o montante havia sido de US$ 5,235 bilhões.

O resultado ficou acima do intervalo das estimativas apuradas pelo Projeções Broadcast, que iam de US$ 1,689 bilhões a US$ 5,600 bilhões, com mediana de US$ 4,550 bilhões. Pelos cálculos do Banco Central, o IDP de julho indicaria entrada de US$ 4,7 bilhões.

No acumulado do ano até julho, o ingresso de investimentos estrangeiros destinados ao setor produtivo somou US$ 31,795 bilhões. A estimativa do BC para este ano é de IDP de US$ 60 bilhões. Este valor foi atualizado no último Relatório Trimestral de Inflação (RTI), publicado em junho.

No acumulado dos 12 meses até julho deste ano, o saldo de investimento estrangeiro ficou em US$ 47,498 bilhões, o que representa 3,04% do Produto Interno Bruto (PIB).

Investimento em ações

O investimento estrangeiro em ações brasileiras ficou negativo em US$ 2,028 bilhões em julho, informou o Banco Central. Em igual mês do ano passado, o resultado havia sido positivo em US$ 330 milhões. No acumulado do ano até julho, o saldo ficou positivo em US$ 6,667 bilhões.

o investimento líquido em fundos de investimentos no Brasil ficou positivo em US$ 874 milhões em julho. No mesmo mês do ano passado, ele havia sido positivo em apenas US$ 3 milhões. Nos sete primeiros meses do ano, os fundos registram entradas líquidas de US$ 589 milhões.

O saldo de investimento estrangeiro em títulos de renda fixa negociados no país ficou positivo em US$ 1,911 bilhão em julho. No mesmo mês do ano passado, havia ficado positivo em US$ 553 milhões. No acumulado de 2021 até julho, o saldo em renda fixa ficou positivo em US$ 14,007 bilhões.

Taxa de rolagem

O Banco Central informou ainda que a taxa de rolagem de empréstimos de médio e longo prazos captados no exterior ficou em 144% em julho. Esse patamar significa que houve captação de valor em quantidade mais do que suficiente para rolar compromissos das empresas no período.

O resultado ficou bem acima do verificado em julho do ano passado, quando a taxa havia sido de 42%.

De acordo com os números apresentados nesta quarta pelo BC, a taxa de rolagem dos títulos de longo prazo ficou em 148% em julho. Em igual mês de 2020, havia sido de 22%. Já os empréstimos diretos atingiram 142% no mês passado, ante 61% de julho do ano anterior.

No acumulado do ano até julho, a taxa de rolagem total ficou em 116%. Os títulos de longo prazo tiveram taxa de 111% e os empréstimos diretos, de 118% no período.

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