Economia
Puxado por saúde e alimentos, IPCA-15 tem alta de 5,87% em 12 meses
O percentual foi abaixo dos 5,90% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores.
Nos últimos 12 meses, o Índice de Preços ao Consumidor (IPCA-15) – que é uma prévia da inflação – acumulou alta de 5,87%. O percentual foi abaixo dos 5,90% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores.
Em janeiro deste ano, o índice registrou 0,55%, o que é 0,03 ponto percentual acima do resultado de dezembro (0,52%).
Período | Taxa |
Janeiro 2023 | 0,55% |
Dezembro 2022 | 0,52% |
Janeiro 2022 | 0,58% |
Acumulado no ano | 0,55% |
Acumulado 12 meses | 5,87% |
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, cinco tiveram alta neste mês. Os maiores impactos apontados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foram de comunicação, saúde e cuidados pessoais e alimentação e bebidas.
A meta para a inflação este ano é de 3,25%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos, medida pelo IPCA. No ano passado, a inflação fechou com alta acumulada de 5,79%, pressionada principalmente por alimentação.
Maior variação de preços
O Instituto apontou que a maior variação, por sua vez, ficou com comunicação, que registrou 2,36% em janeiro ante 0,18% no mês anterior. O resultado foi influenciado pelas altas de tv por assinatura (11,78%), combo de telefonia, internet e tv por assinatura (3,24%), acesso à internet (2,11%) e aparelho telefônico (1,78%).
Em segundo lugar aparece saúde e cuidados pessoais, acelerando de dezembro (0,40%) para janeiro (1,10%). A alta de 1,88% nos preços dos itens de higiene pessoal que puxou o grupo, a exemplo de perfumes (4,24%) e produtos para pele (3,85%).
Já o setor de transportes e habitação apresentaram o maior recuo quando comparado com o dezembro impulsionado pela queda nos preços dos combustíveis (-0,58%). Os preços do etanol subiram 0,51%, mas houve quedas no óleo diesel (-3,08%), gasolina (-0,59%) e gás veicular (-0,40%).
O grupo saúde e cuidados pessoais foi afetado em especial pela alta nos preços dos itens de higiene pessoal (1,88%), que haviam subido 0,04% em dezembro. Destacam-se também as altas de perfume (4,24%) e produtos para pele (3,85%), segundo o IBGE.
Já os planos de saúde repetiram a variação do mês anterior, refletindo a incorporação da fração mensal dos reajustes dos planos novos e antigos para o ciclo de 2022 a 2023.
Veja abaixo tabela com variação de preços segundo cada grupo.
Grupo | Variação Dezembro | Variação Janeiro |
Índice Geral | 0,52 | 0,55 |
Alimentação e bebidas | 0,69 | 0,55 |
Habitação | 0,40 | 0,17 |
Artigos de residência | -0,46 | 0,38 |
Vestuário | 1,16 | 0,42 |
Transportes | 0,85 | 0,17 |
Saúde e cuidados pessoais | 0,40 | 1,10 |
Despesas pessoais | 0,39 | 0,57 |
Educação | 0,00 | 0,36 |
Comunicação | 0,18 | 2,36 |
Segundo o Instituto, a maior variação registrada para o IPCA-15 foi em Belo Horizonte (0,92%), influenciada pelas altas em higiene pessoal (2,65%), taxa de água e esgoto (5,85%) e batata-inglesa (23,18%).
O menor resultado foi no Rio de Janeiro (0,23%), onde pesaram as quedas da energia elétrica (-4,82%) e da cebola (-20,18%).
Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados entre 14 de dezembro de 2022 a 12 de janeiro de 2023 e comparados com os preços vigentes entre 15 de novembro a 13 de dezembro de 2022 . A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.
O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia.
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