Economia

Open Finance é prioridade de bancos para 2023, diz Febraban

Primeira pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária realizada pela Deloitte revela que entre as prioridades dos bancos para este ano está a melhor exploração de dados.

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Segundo pesquisa da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) em parceria com a Deloitte, a personalização no relacionamento com o cliente e a consequente maior eficiência na exploração dos dados são prioridade para os bancos em 2023. Este último está em primeiro lugar na ordem de prioridades entre os bancos. Logo, há uma corrida pelo incentivo do consumidor ao compartilhamento de dados via Open Finance.

Apenas 10% da base de clientes de 80% dos bancos respondentes afirmam que aderiram ao sistema de compartilhamento de dados pessoais e bancários – uma proporção que deverá crescer neste ano, segundo a pesquisa.

Para isso entre outros objetivos, o orçamento total dos bancos brasileiros destinados à tecnologia (incluindo despesas e investimentos) deve atingir R$ 45,1 bilhões ainda este ano. A cifra representa um avanço de 29% em relação ao do ano passado.

Em 2022, os R$ 34,9 bilhões registrados em volume de investimento em tecnologia representaram aumento de 18% em relação a 2021 –  sendo uma das maiores altas dos últimos anos. O resultado foi impulsionado pelo aumento em escalabilidade e flexibilidade dos bancos entrevistados, como armazenamento em nuvem (Cloud) e Inteligência Artificial, segundo a Febraban. Já o tema segurança cibernética foi prioridade para 100% das instituições entrevistadas.

Expectativas para 2023

Os bancos citaram também que o foco das instituições está em moedas e ativos digitais, tokenização de ativos, 5G, Metaverso e ESG (sigla que representa a sustentabilidade ambiental, social e de governança corporativa nas empresas). A expansão de transações via chatbot vem na sequencia das prioridades para este ano, seguida pelo aumento da confiança do consumidor no compartilhamento de dados.

Para este último, a maioria dos bancos (69%) pretende aumentar o quadro de profissionais de tecnologia, especialmente com desenvolvedores, especialistas em segurança da informação e cientistas e engenheiros de dados.

No levantamento também foi apontado que 75% das instituições bancárias querem ofertar mais produtos financeiros para seus clientes, 69% desejam conhecer melhor o contexto do cliente e 44% pretendem oferecer serviço de iniciação de pagamentos. Além disso, 38% querem melhorar a precificação dos produtos, 31% reduzir riscos de crédito e 19% expandir negócios não financeiros.

Segundo Rodrigo Mulinari, diretor do Comitê de Inovação e Tecnologia da Febraban, a segurança cibernética inteligente – que depende de vários métodos de verificação e autenticação – é essencial para que operações sejam feitas em segurança. Logo, aplicações de biometria facial e chatbots estão entre os investimentos mais importantes apontados pelos bancos neste ano.

Metodologia

A coleta de dados foi realizada entre dezembro de 2022 e março de 2023, por meio de formulário eletrônico e entrevistas com líderes de tecnologia. Dezesseis bancos responderam aos formulários qualitativo e quantitativo, o que representa 84% dos ativos do setor bancário no país. Vinte e oito executivos atuantes na área de tecnologia bancária concederam as entrevistas.

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