Economia

S&P eleva perspectiva do Brasil para ‘positiva’ e reafirma nota

É a 1ª melhora de perspectiva da nota de crédito do país por uma agência de risco global desde o início do novo mandato de Lula.

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A agência de classificação de risco S&P elevou nesta quarta-feira (14) a perspectiva para a nota de crédito do Brasil de “estável” para “positiva”, e reafirmou o rating “BB-.

Trata-se da primeira melhora de perspectiva da nota de crédito do Brasil por uma das três principais agências de classificação de risco globais desde o início do novo mandato de Luiz Inácio Lula da Silva.

A agência disse, em relatório, que a mudança reflete sinais de maior certeza sobre políticas fiscal e monetária estáveis, que podem beneficiar as perspectivas de crescimento econômico do país, atualmente baixas.

Agência vê aumento menor da dívida

Além disso, a S&P afirmou que, apesar de ainda elevados déficits fiscais, o crescimento contínuo do Produto Interno Bruto (PIB) somado ao arcabouço fiscal proposto podem resultar em um aumento menor da dívida do governo do que o inicialmente esperado. Para a agência, esse fator pode dar suporte à flexibilização monetária e sustentar a posição externa líquida.

“Tais desenvolvimentos reforçariam nossa visão da resiliência da estrutura institucional do Brasil, com estabilidade na formulação de políticas baseada em amplos freios e contrapesos entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário do governo”, disse a S&P.

A agência, como de costume, também citou os cenários que poderiam levar a uma elevação na nota de crédito, ou a um rebaixamento.

Lados negativo e positivo

Do lado negativo, poderia levar a um corte na nota de crédito a inadequada estrutura de políticas econômicas ou uma implementação deficiente que resulte em crescimento econômico limitado, e, consequentemente, em uma deterioração fiscal ainda maior e endividamento acima do esperado.

Já do lado positivo, a S&P citou que uma elevação de rating pode acontecer caso as instituições governamentais sejam capazes de implementar uma política econômica pragmática que contenha as vulnerabilidades das finanças públicas e crie uma base para um maior crescimento econômico. “Essencial para isso seria a aprovação de reformas adicionais — entre elas uma reforma tributária atualmente em debate”, disse a agência.

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