Finanças
40% dos investidores entraram no mercado nos últimos 5 anos, diz CVM
Órgão que regula o mercado de capitais divulgou levantamento que mostra a popularização do sistema.
Uma pesquisa da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) indica o recente crescimento e popularização do mercado de capitais. A análise prévia das respostas de 5 mil pessoas revela que 40% começaram a investir nos últimos cinco anos, especialmente no meio digital.
Segundo Bruno Luna, Chefe da Assessoria de Análise Econômica e Gestão de Riscos (ASA/CVM), área responsável pela condução da pesquisa, já foi possível observar que uma parcela relevante do público-alvo já acessa investimentos mais sofisticados, como criptomoedas, derivativos e, inclusive, investimentos no exterior.
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“O conhecimento sobre a existência de produtos de securitização e private equity, que foram foco na pesquisa, se mostrou elevado e há interesse desse público em acessar esses mercados”, diz Luna, destacando que o público investidor em geral possui apetite por mais risco e diversificação de sua carteira de investimentos.
Cerca de 70% dos investidores que responderam a pesquisa têm formação superior, mas a CVM afirma que o estudo atingiu todos os níveis de escolaridade e faixas de renda, revelando o movimento de popularização do mercado de capitais brasileiro. Os meios digitais – como sites de corretoras e aplicativos – foram destacados como um dos principais canais de acesso aos investimentos, indicando um perfil de investidor mais autônomo.
Um dado que chamou atenção dos pesquisadores foi a diferença entre participantes do sexo masculino e feminino: 89% foram homens e apenas 11% mulheres. Além disso, as respostas se concentraram na região sudeste (65%) e Sul (16%).
Novas pesquisas
A ASA/CVM fará um levantamento mais detalhado dos diversos perfis de respondentes e suas características. A área também está estudando regras em outros mercados e a literatura econômica sobre formação de poupança e decisão de investimento.
O objetivo da CVM é concluir e divulgar o estudo de Análise de Impacto Regulatório ainda em 2020 e realizar uma discussão mais ampla sobre futuros movimentos regulatórios relacionados às atuais regras e restrições de acesso aos diversos tipos de valores mobiliários.