Finanças
5 fatos para hoje: Abono salarial para nascidos em setembro; China se recupera
O gigante asiático tem escapado da crise graças a grandes incentivos do governo.
1 – Caixa paga hoje abono salarial para nascidos em setembro
A Caixa Econômica Federal inicia nesta terça-feira (15) o pagamento do abono salarial para os trabalhadores nascidos em setembro que ainda não receberam por meio de crédito em conta. Para trabalhadores da iniciativa privada, os valores podem ser sacados com o Cartão do Cidadão e senha nos terminais de autoatendimento, unidades lotéricas e nos correspondentes Caixa Aqui, além das agências.
Segundo o banco estatal, mais de 734 mil trabalhadores nascidos em setembro têm direito ao saque do benefício, totalizando R$ 567 milhões em recursos disponibilizados neste lote.
Já para os funcionários públicos, vale o dígito final do número de inscrição do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep). A partir desta terça-feira, fica disponível o crédito para inscritos com final 2.
2 – China: PBoC injeta equivalente a US$ 88 bi, com juro de crédito mantido em 2,95%
O Banco Central da China, conhecido como PBoC, informou nesta terça-feira que injetou 600 bilhões de yuans (US$ 88 bilhões) no sistema bancário do país por meio de sua linha de crédito de médio prazo. Os recursos vencem em um ano e foram repassados a uma taxa de juros de 2,95%, as mesmas condições da operação anterior. A última vez em que o PBoC reduziu o juro dessa linha de crédito foi em abril passado, quando a taxa caiu de 3,15% a 2,95%.
A produção industrial da China acelerou no ritmo mais forte em oito meses em agosto, enquanto as vendas varejistas cresceram pela primeira vez neste ano, sugerindo que a recuperação econômica está ganhando ritmo conforme a demanda começa a melhorar da crise do novo coronavírus.
A queda anual do investimento em ativos fixos entre janeiro e agosto também se moderou graças ao estímulo de Pequim, mas autoridades permanecem cautelosas sobre as perspectivas dados os riscos externos elevados, incluindo a intensificação das tensões sino-americanas.
3 – Bolsonaro repete que não haverá tabelamento para combater aumento de preços
O presidente Jair Bolsonaro voltou a dizer que o governo federal não adotará o tabelamento para combater a alta de preços de produtos que tiveram aumento recente, como o arroz. Ele também destacou que não haverá “canetaço” ou diminuição de tarifas como em anos anteriores.
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As declarações foram feitas para apoiadores que esperavam o presidente em frente ao Palácio da Alvorada na noite desta segunda-feira (14). “Não vai haver tabelamento de nada, não vai haver canetaço, diminuição de tarifa na mão grande, como foi feito no passado”, respondeu a um apoiador que pediu a diminuição do preço da gasolina. “Obviamente temos a preocupação de combater possíveis excessos, mas ninguém vai tabelar nada e nem interferir no mercado. Isso já foi testado no passado, já foi feito no passado e não deu certo”, disse.
O presidente atribui o alta no preço do arroz ao aumento do consumo. “Houve um excesso de recursos no mercado, quase R$ 50 bi por mês, muito papel na praça, vem inflação. Aumentou um pouco o consumo. Agora não tem que ninguém se apavorar, querer fazer reserva de mantimento em casa daí piora a situação”, disse.
4 – Bancada evangélica diz ter votos para derrubar veto
O presidente da bancada evangélica da Câmara, Silas Câmara (Republicanos-AM), diz ter maioria para manter o perdão às igrejas do pagamento de quase R$ 1 bilhão em dívidas com a Receita e ainda a isenção do pagamento da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) daqui para frente.
“A bancada evangélica vai se reunir amanhã (nesta terça, 15) e vamos definir a nossa estratégia, mas o sentimento geral é de derrubar o veto”, disse Silas. Para um veto presidencial ser rejeitado é preciso o apoio da maioria absoluta dos parlamentares de cada uma das Casas (41 votos no Senado e 257 votos na Câmara). São 144 parlamentares, entre deputados e senadores que compõem a bancada evangélica.
Da forma como foi aprovado pelo Congresso, o projeto previa isenção do pagamento da CLSS, anistia das multas recebidas por não pagar a CSLL e anistia das multas por não pagamento da contribuição previdenciária. Desses três pontos, Bolsonaro manteve apenas o terceiro. Os outros dois foram vetados porque, segundo o governo, a sanção poderia ferir regras orçamentárias constitucionais.
5 – Petrobras revisa portfólio de exploração e produção com efeitos da pandemia
Com os impactos da pandemia do novo coronavírus, a Petrobras revisou o seu portfólio do segmento de exploração e produção (E&P) e agora estima um capex entre US$ 40 bilhões e US$ 50 bilhões para o período entre 2021 e 2025, ante US$ 64 bilhões anunciados no Plano Estratégico de 2020-2024.
“Além do efeito da desvalorização do real, destacam-se: otimização no investimento exploratório, mantendo os compromissos acordados com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), capex evitado associado aos desinvestimentos e revisão da carteira de investimentos, considerando otimizações, postergações e cancelamentos”, diz a companhia.
A Petrobras diz que a revisão do portfólio está de acordo com as premissas de preço divulgadas nos resultados do primeiro trimestre, além de considerar três diretrizes: foco na desalavancagem, para atingir a meta de dívida bruta de US$ 60 bilhões em 2022, foco na resiliência, priorizando projetos com “breakeven” de preço de Brent de no máximo US$ 35 por barril e aderentes à estratégia da companhia, e revisão de toda a carteira de investimentos e desinvestimentos.
*Com Estadão Conteúdo e Agência Brasil