Finanças
Após colapso da FTX, plataforma de cripto Genesis suspende resgates
Problema ocorre após exchange ter pedido proteção contra falência, na maior quebra do setor até o momento.
A plataforma de criptomoedas Genesis suspendeu resgates de clientes nesta quarta-feira (16), citando o colapso da corretora FTX, à medida que um caos se espalha por todo o setor.
A FTX pediu proteção contra falência nos Estados Unidos na sexta, na maior quebra do setor até o momento, depois que clientes sacaram US$ 6 bilhões da plataforma em três dias e a rival Binance abandonou um acordo de resgate.
Um porta-voz da Genesis Global, dona da Genesis, que também oferece serviços de negociação e custódia de criptoativos, disse que “tomou a difícil decisão de suspender temporariamente os resgates e novas originações de empréstimos”.
Ele acrescentou que a Genesis está trabalhando para reforçar a liquidez para atender às obrigações dos clientes e que os negócios de negociação e custódia da Genesis não foram afetados.
O Grayscale Bitcoin Trust, maior fundo de bitcoin do mundo, caiu quase 7% nesta quarta-feira. O bitcoin caiu 2,6%, para US$ 16.400. Ele caiu cerca de 20% este mês até agora.
A corretora de criptomoedas Gemini disse que a Genesis “não será capaz de atender aos resgates dos clientes” dentro dos 5 dias úteis acordados para usuários do produto “Earn” da Gemini, em que usuários podem receber juros sobre saldos na plataforma.
Várias outras empresas cripto, incluindo Crypto.com e Tether, disseram que não tinham exposição ao Genesis.
Efeitos da quebra da FTX
A Genesis não está sozinha ao enfrentar as consequências do colapso da FTX. O banco de criptomoedas BlockFi, que antes admitiu ter exposição significativa ao FTX, planeja demissões enquanto se prepara para declarar falência, informou o Wall Street Journal na terça-feira.
Enquanto isso, processos judiciais dos EUA mostraram que Bankman-Fried, da FTX, enfrenta uma ação legal nos Estados Unidos de investidores alegando que as contas da empresa violaram uma lei da Flórida. O processo alega que as contas com rendimento FTX eram títulos não registrados que foram vendidos ilegalmente nos Estados Unidos.
O processo também busca indenização de celebridades que supostamente ajudaram a promover a FTX, incluindo o jogador de futebol americano Tom Brady e a tenista Naomi Osaka.
Representantes de Bankman-Fried, Brady e Osaka não responderam imediatamente aos pedidos de comentários.
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