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Bitcoin pode ser liberdade financeira em alguns países, diz Nathalia Arcuri

O posicionamento veio após ter conhecido mulheres que usam o BTC como forma de escapar de sanções e confiscos fiscais.

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*ARTIGO

A influenciadora Nathalia Arcuri, fundadora e CEO do Me Poupe!, afirmou que o bitcoin (BTC) é a única saída para liberdade financeira — ao menos, em algumas regiões da África.

Em postagem para o Linkedin, ela afirmou que, “se pra muitos de nós o Bitcoin é visto como uma moeda especulativa, nos 15 países africanos cuja moeda é o CFA Franc a moeda digital descentralizada é a única saída para impedir sanções, confiscos e perda de valor constante.”

Imagem: Reprodução/Linkedin

O posicionamento veio depois da sua participação no evento South by Southwest (SXSW) 2023, em Austin, nos EUA, onde Arcuri escutou histórias de duas mulheres que moram em países africanos vinculados ao Franco CFA (moeda que na prática é controlada pela França) e que enfrentam sanções econômicas.

Visto que o bitcoin é uma moeda descentralizada que oferece mais independência financeira aos países e seus cidadãos, essas mulheres contaram que, para não perder seu patrimônio ou ter o dinheiro confiscado, o BTC é a única alternativa viável. 

Sendo assim, Arcuri se juntou de vez às vozes em defesa do uso de criptomoedas como meio de escapar da opressão monetária, lista essa que inclui personalidades como o fundador do Twitter, Jack Dorsey, e a tenista multicampeã Serena Williams.

Como o bitcoin oferece liberdade financeira?

Criada em 2009 por um indivíduo — ou grupo de pessoas — usando o pseudônimo “Satoshi Nakamoto”, o bitcoin funciona em uma rede descentralizada chamada blockchain, que é inconfiscável e aberta 24 horas por dia, 7 dias na semana.

Alguns pontos chave sobre como o BTC oferece liberdade financeira:

  • Descentralização: ele não é controlado por nenhum governo ou instituição financeira. Isso significa que os usuários da moeda têm mais liberdade e controle sobre seus próprios fundos.
  • Anonimato: ao contrário das transações bancárias tradicionais, as transações com bitcoin não requerem a divulgação de informações pessoais. Ou seja, as movimentações são feitas sem vínculo a um CPF ou RG, por exemplo.
  • Baixas taxas: os custos reduzidos para movimentação tornam o BTC uma opção atraente para aqueles que precisam fazer remessas internacionais ou realizar transações monetárias com frequência.
  • Acesso global: por ser uma moeda digital, ele pode ser acessado por qualquer pessoa com uma conexão à internet. Assim, ele proporciona acesso financeiro a pessoas desbancarizadas. 

Em resumo, esses recursos são, no mínimo, particularmente benéficos para quem vive em locais com sistemas financeiros opressivos, tais como Senegal, Mali, Gabão, República do Congo, Togo e outras 10 nações mencionadas pela Nathalia Arcuri.

Bitcoin como solução para países africanos

A África é um continente com uma história marcada por décadas de exploração e opressão econômica, especialmente em países vinculados ao franco CFA. Neste contexto, o bitcoin tem se mostrado uma solução viável para a liberdade financeira dessas nações.

Um exemplo disso é o caso do Senegal, onde o governo tem sido criticado por controlar estritamente a oferta de moeda e impor limites às transações financeiras. Com o bitcoin, os senegaleses têm a oportunidade de manter seu patrimônio em uma moeda que não é controlada pelo Estado, permitindo que eles evitem sanções e confiscos de ativos.

Outro exemplo é o do Zimbábue, que sofreu uma crise hiperinflacionária que deixou cerca de 7,7 milhões de pessoas — metade da população — precisando de assistência alimentar, segundo a ONU. Devido às suas características, o BTC pode ser uma alternativa para proteção do patrimônio, pois ele é resistente à corrosão do poder de compra da moeda local. 

Sendo assim, Nathalia Arcuri tem razão em sua afirmação de que o bitcoin é a única saída para a liberdade financeira. Em um mundo onde a opressão monetária ainda é uma realidade para muitas pessoas, o BTC oferece uma alternativa viável para aqueles que buscam liberdade e autonomia.

Por isso, é importante que mais pessoas aprendam sobre a maior criptomoeda do mundo e suas possibilidades, e usem essa tecnologia para criar um futuro mais justo e equitativo para todos.

Mayara é co-autora do livro “Trends – Mkt na Era Digital”, publicado pela editora Gente. Multidisciplinar, apaixonada por tecnologia, inovação, negócios e comportamento humano.

*As informações, análises e opiniões contidas neste artigo são de inteira responsabilidade do autor e não do InvestNews.

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