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Bolsa fecha em alta; dólar segue avançando de olho em Treasuries

Semana é de amplas expectativas de elevação da taxa Selic e de reuniões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos.

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O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, fechou em alta nesta segunda-feira (15), no início desta semana marcada por eventos importantes, como reuniões para definição das taxas de juros no Brasil e nos Estados Unidos. Já o dólar segue valorizado, de olho nos juros dos títulos soberanos norte-americanos, os Treasuries.

O Ibovespa subiu a 0,6%, a 114.851 pontos. O dólar subiu 1,43%, cotado a R$ 5,6391. Veja mais cotações.

O mercado repercute ainda o IBC-Br de janeiro, considerado uma “prévia do PIB”, que veio melhor que o esperado, mas é visto como dado retrovisor – especialmente diante da piora das perspectivas com a pandemia desde fevereiro. Não muda também a perspectiva de alta da Selic na reunião do Copom, na terça e na quarta-feira, em meio aos sinais de inflação maior.

Além disso, ruídos políticos com pressão para saída do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, estão no radar.

A partir desta segunda-feira, em razão do começo do horário de verão nos Estados Unidos, o mercado à vista de ações brasileiro terá o fechamento adiantado em 1h, para 17h.

Avanço do dólar

Luciano Rostagno, estrategista-chefe do banco Mizuho, disse à Reuters que uma possível explicação para os ganhos apresentados pela moeda norte-americana nesta manhã seria a valorização recente do real.

“Recentemente, houve um movimento bem pronunciado do real; chegamos a flertar com R$ 5,90 por dólar (na semana passada), mas a moeda fechou a semana perto dos R$ 5,55”, explicou, citando um movimento de realização de lucros.

Ao mesmo tempo, o índice do dólar contra uma cesta de moedas subia, refletindo a alta dos rendimentos dos títulos norte-americanos. A taxa do Treasury de dez anos era negociada a 1,6320% nesta segunda-feira, perto da máxima de sexta-feira de 1,6420%, um nível visto pela última vez em fevereiro.

Destaques da bolsa

COPEL PNB (CPLE6) saltou 7,30%, com o setor elétrico entre os melhores desempenhos, em meio a expectativas de menor participação estatal em algumas empresas.

VIA VAREJO ON (VVAR3) e B2W ON (BTOW3) subiram 3,73% e 2,99%, respectivamente, enquanto MAGAZINE LUIZA ON (MGLU3) recuou 3,46%.

PETROBRAS PN (PETR4) fechou em alta de 2,07%, apesar do declínio dos preços do petróleo no exterior. O BofA elevou a recomendação das ações para ‘neutra’, bem como o preço-alvo para R$ 3, de R$ 29.

BRADESCO PN (BBDC4) subiu 1,4%, com bancos sem um sinal único no Ibovespa, com ITAÚ UNIBANCO PN (ITUB4) avançando 1,18%, mas BANCO DO BRASIL ON (BBAS3) fechando em baixa de 0,7%.

VALE ON (VALE3) caiu 0,6%, com os futuros do minério de ferro na China chegando a cair mais de 6% nesta segunda-feira, após Tangshan se comprometer com cortes de emissões de 50% durante o período de maior poluição.

Bolsas globais

Os índices S&P 500 e o Dow Jones fecharam a sessão em máximas recordes nesta segunda-feira, com investidores observando a recuperação depois do baque econômico causado pelo coronavírus e no aguardo de sinais do Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) nesta semana, em meio à cautela sobre o aumento dos custos de empréstimos.

  • O índice Dow Jones subiu 0,53%, a 32.953 pontos
  • S&P 500 ganhou 0,649196%, a 3.969 pontos
  • O índice de tecnologia Nasdaq avançou 1,05%, a 13.460 pontos

As ações europeias fecharam estáveis, com as os setores financeiro e de mineração liderando as quedas, enquanto o otimismo em torno de uma forte recuperação econômica ajudaram a limitar as perdas.

  • Em LONDRES, o índice Financial Times recuou 0,17%, a 6.749,70 pontos.
  • Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 0,28%, a 14.461,42 pontos.
  • Em PARIS, o índice CAC-40 perdeu 0,18%, a 6.035,97 pontos.
  • Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve valorização de 0,11%, a 24.139,45 pontos.
  • Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou baixa de 0,11%, a 8.635,40 pontos.
  • Em LISBOA, o índice PSI20 desvalorizou-se 0,65%, a 4.817,73 pontos.

O mercado acionário da China fechou em baixa, com ações de consumo, saúde e novas energias liderando as perdas, depois que a recente meta conservadora de crescimento anual reaqueceu temores de aperto da política monetária para conter as fortes valorizações.

  • Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 0,17%, a 29.766 pontos.
  • Em HONG KONG, o índice HANG SENG subiu 0,33%, a 28.833 pontos.
  • Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 0,96%, a 3.419 pontos.
  • O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 2,15%, a 5.035 pontos.
  • Em SEUL, o índice KOSPI teve desvalorização de 0,28%, a 3.045 pontos.
  • Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou baixa de 0,04%, a 16.249 pontos.
  • Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES valorizou-se 0,35%, a 3.106 pontos.
  • Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 avançou 0,09%, a 6.773 pontos.

*Com Reuters e Estadão Conteúdo.

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