Finanças

Bolsa do Chile salta e moeda vacila após povo rejeitar nova Constituição

Eleitores disseram não a novo conjunto de leis; índice acionário chegou a subir mais de 6%.

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O mercado de ações do Chile chegou teve forte alta nesta segunda-feira (5), enquanto o peso tinha dificuldade para encontrar direção, depois que eleitores rejeitaram uma nova Constituição considerada progressista.

Notas de 100 dólares e de 10.000 pesos chilenos 01/08/2016 REUTERS/Rodrigo Garrido

O principal índice acionário do país andino disparou 6,37% no melhor momento, para uma máxima histórica, antes de reduzir alguns ganhos, enquanto a moeda depreciava 0,3%, depois de saltar mais de 4% em relação ao dólar, após os chilenos votarem no domingo contra uma nova Constituição proposta, rejeitando o que teria sido uma das cartas magnas mais progressistas do mundo.

Avaliação do governo

O plebiscito também foi visto como uma avaliação do governo, que enfrenta inflação alta, desaceleração econômica e uma crise de segurança interna, segundo especialistas.

“Dado que a rejeição esmagadora da nova Constituição enfraqueceu o governo, é possível que qualquer Constituição nova ou reformada aborde alguns dos aspectos mais controversos (por exemplo, em torno dos direitos de propriedade)”, disse Kimberley Sperrfechter, economista assistente de mercados emergentes da Capital Economics.

“Se o processo for rápido… podemos ver os ativos financeiros chilenos se recuperarem de forma mais sustentada. Mas se este for o início de um processo demorado e a incerteza se arrastar, é provável que os ativos chilenos sofram uma pressão renovada.”

“O peso parece particularmente vulnerável devido ao grande déficit em conta corrente do Chile”, acrescentou.

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