Finanças

Bolsa fecha quase estável e dólar cai, de olho em CPI e juros nos EUA

O Ibovespa subiu 0,03%, aos 122.980 pontos. Já o dólar caiu 0,23%, a R$ 5,2536.

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O Ibovespa, principal índice da B3, fechou quase estável nesta terça-feira (18). O dólar teve queda em relação ao real, com a fraqueza global da moeda em meio a apostas de manutenção de juros nos Estados Unidos. A cautela, no entanto, permanece, em dia de mais depoimentos à CPI da Covid-19 no Senado

O Ibovespa subiu 0,03%, aos 122.980 pontos. Já o dólar caiu 0,23%, a R$ 5,2536. No exterior, o dólar recuava 0,5% frente a uma cesta de rivais, indo a mínimas desde o fim de fevereiro. . Veja outras cotações.

Vários analistas chamavam a atenção para um movimento global de apetite por risco em meio ao otimismo sobre a reabertura das principais economias, destacando também comentários recentes de autoridades do Federal Reserve (Fed) sinalizando que o banco central norte-americano não endurecerá sua política monetária tão cedo.

No Brasil, todos os olhares se voltavam para Brasília em dia de depoimento do ex-chanceler Ernesto Araújo na CPI da Covid, com a investigação em busca de respostas e explicações sobre a condução da diplomacia brasileira durante a crise sanitária.

A CPI tem sido apontada por participantes do mercado como grande fonte de ruídos políticos à medida que a postura do governo de Jair Bolsonaro diante da pandemia é analisada. O presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), afirmou na véspera que, a partir dos depoimentos e informações já colhidos pela comissão, é possível afirmar que o governo se equivocou no combate à doença no país e que o Bolsonaro foi mal orientado.

Destaques da bolsa

MINERVA (BEEF3) e MARFRIG (MRFG3) caíram 3,56% e 1,08%, respectivamente, tendo no radar que a Argentina suspendeu por 30 dias exportações de carnes. A Minerva tem a opção de compensar suas vendas a partir da produção em outras nações. Já a Marfrig disse que o impacto direto desta restrição se limita a 1,3% da receita líquida consolidada. JBS (JBSS3) caiu 2,82%.

ELETROBRAS ON (ELET3) ELETROBRAS PNB (ELET6) avançaram 3,03% e 2,33%, respectivamente, em meio a expectativas para a votação da medida provisória que propõe a privatização da companhia. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou no Twitter que a votação da MP está pautada para quarta-feira na Casa.

ULTRAPAR (UGPA3) caiu 1,18%, após subir mais de 2% na máxima diante de negociações com a Pague Menos envolvendo sua controlada Extrafarma. A Reuters noticiou mais cedo que a Pague Menos fechou acordo para comprar a Extrafarma por R$ 600 milhões. PAGUE MENOS (PGMN3), que não está no Ibovespa, disparou 9,59%.

CSN (CSNA3) valorizou-se 1,65%, tendo de pano de fundo pedido de registro para uma oferta primária de ações da sua controlada CSN Cimentos. No setor, VALE (VALE3) avançou 1%, com o minério de ferro subindo na China diante de fortes lucros de siderúrgicas e demanda robusta. GERDAU (GGBR4) subiu 1,3%.

EZTEC (EZTC3) recuou 4,79%, em sessão de ajustes e tendo no radar corte de recomendação para ‘neutra’ pelo Credit Suisse, com papéis de construtoras como um todo no vermelho. O índice do segmento imobiliário na B3 está entre os piores desempenhos setoriais, com queda de 0,51% após forte valorização nos últimos três pregões – 6,38% contra 2,7% do Ibovespa.

Bolsas internacionais

Os mercados acionários dos Estados Unidos terminaram em queda nesta terça-feira, com um recuo acentuado em papéis de telecomunicações e dados fracos sobre construção de moradias ofuscando balanços melhores do que o esperado de empresas como Walmart e Home Depot.

  • O índice Dow Jones caiu 0,78%, a 34.061 pontos
  • S&P 500 perdeu 0,85173%, a 4.128 pontos
  • O índice de tecnologia Nasdaq recuou 0,56%, a 13.304 pontos

As ações europeias subiram nesta terça-feira, com o principal índice da Alemanha atingindo uma máxima recorde, em meio ao otimismo sobre a redução de restrições econômicas em vários países, queda da taxa de desemprego no Reino Unido e fortes balanços de empresas.

  • Em LONDRES, o índice Financial Times avançou 0,02%, a 7.034,24 pontos.
  • Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 0,07%, a 15.386,58 pontos.
  • Em PARIS, o índice CAC-40 perdeu 0,22%, a 6.353,67 pontos.
  • Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve valorização de 0,07%, a 24.880,45 pontos.
  • Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou alta de 0,31%, a 9.183,90 pontos.
  • Em LISBOA, o índice PSI20 valorizou-se 0,70%, a 5.278,80 pontos.

As ações da China fecharam em alta nesta terça-feira, lideradas por ganhos em empresas de energia e transporte, embora as tensões sino-americanas tenham limitado ganhos adicionais.

  • Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 2,09%, a 28.406 pontos.
  • Em HONG KONG, o índice HANG SENG subiu 1,42%, a 28.593 pontos.
  • Em XANGAI, o índice SSEC ganhou 0,32%, a 3.529 pontos.
  • O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, avançou 0,05%, a 5.187 pontos.
  • Em SEUL, o índice KOSPI teve valorização de 1,23%, a 3.173 pontos.
  • Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou alta de 5,16%, a 16.145 pontos.
  • Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES valorizou-se 2,04%, a 3.142 pontos.
  • Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 avançou 0,60%, a 7.066 pontos.

(*Com Reuters)

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