Finanças

Bolsa fecha em alta após eleições no Congresso; dólar cai

Mercado espera o destravamento da agenda de reformas com maior alinhamento entre Executivo e Legislativo.

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A bolsa de valores fechou em alta e o dólar recuou nesta terça-feira (2), reagindo ao resultado nas eleições no Congresso, com investidores apostando em maiores perspectivas de retomada da agenda de reformas econômicas.

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O principal índice da B3, o Ibovespa, subiu 0,61%, aos 118.234 pontos. Na máxima do dia, chegou a 119.805 pontos. Já o dólar comercial terminou o dia negociado a R$ 5,3543, caindo 1,73%.

Na segunda-feira (2), Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (DEM-MG) venceram as eleições para as presidências da Câmara e do Senado, respectivamente. Os dois eram apoiados pelo governo de Jair Bolsonaro.

“Os candidatos do governo federal ganharam as eleições para as presidências das casas legislativas com votação expressiva, muito próxima de maioria para aprovar emendas constitucionais”, destacou o economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Newton Rosa, em comentário a clientes.

“As indicações são de que o presidente da Câmara, Arthur Lira, poderá aprovar algumas reformas estruturais que haviam avançado pouco durante a administração de Rodrigo Maia, como a reforma administrativa”, acrescentou.

A agenda de reformas estruturais é vista por boa parte dos mercados como essencial para a saúde fiscal do Brasil, num contexto de dívida pública recorde e persistentes temores de que o país fure seu teto de gastos.

No exterior, menores preocupações em relação à volatilidade causada por investidores de varejo e maior otimismo com vacinação contra covid-19, além de expectativas de aprovação do pacote de estímulo fiscal nos EUA, apoiam ativos de risco.

Na segunda-feira (1), o Ibovespa fechou em alta de 2,13%, aos 117.518 pontos, recuperando parte do tombo da semana passada. O dólar terminou o dia em R$ 5,4488, desvalorizando 0,4%.

Destaques da bolsa

As ações ordinárias da Petrobras (PETR3) subiram 3,45% e as preferenciais (PETR4), 4,10%, puxando o Ibovespa para cima devido ao peso importante que têm sobre a composição do índice. Os papéis eram beneficiados pela alta do petróleo no exterior, com noticiário incluindo que a petrolífera começou negociação com Eneva para venda de concessões no Polo Urucu, bem como recebeu aval do Cade para assumir fatia da Total em blocos na Foz do Amazonas.

Na ponta negativa, as ações do Itaú eram destaques de baixa. A ação ordinária (ITUB3) caiu 1,48% e a preferencial (ITUB4), 2,13%, após o banco reportar queda no lucro recorrente no quarto-trimestre, embora praticamente em linha com as projeções, enquanto estimou queda nas provisões em 2021, mas elevação na inadimplência neste ano. 

Bolsas globais

Os mercados de ações dos Estados Unidos terminaram em forte alta pelo segundo dia consecutivo nesta terça-feira, amparados por ganhos de Amazon.com e Alphabet antes da divulgação de seus balanços e pelo otimismo sobre progresso em um pacote de alívio à pandemia nos EUA.

  • O índice Dow Jones subiu 1,57%, a 30.687 pontos
  • S&P 500 ganhou 1,389824%, a 3.826 pontos
  • O índice de tecnologia Nasdaq avançou 1,56%, a 13.613 pontos.

Os mercados acionários europeus avançaram diante da esperança de uma recuperação econômica mais rápida, com alguns dados positivos de crescimento econômico e perspectivas encorajadoras de grandes nomes como Airbus e LVMH. O índice STOXX 600 encerrou em alta pela segunda sessão consecutiva, valorizando-se 1,3%, depois de recuar mais de 3% na semana passada devido às preocupações em torno da lenta distribuição das vacinas contra a Covid-19 na zona do euro

  • Em LONDRES, o índice Financial Times avançou 0,78%, a 6.516,65 pontos.
  • Em FRANKFURT, o índice DAX subiu 1,56%, a 13.835,16 pontos.
  • Em PARIS, o índice CAC-40 ganhou 1,86%, a 5.563,11 pontos.
  • Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve valorização de 1,11%, a 22.066,87 pontos.
  • Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou alta de 1,96%, a 7.950,90 pontos.
  • Em LISBOA, o índice PSI20 valorizou-se 0,26%, a 4.802,28 pontos.

O mercado acionário da China fechou em alta nesta terça, uma vez que a injeção de liquidez pelo banco central aliviou as preocupações com condições apertadas, enquanto a queda nos casos de infecções por coronavírus também ajudou o sentimento. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, avançou 1,54%.

  • Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 0,97%, a 28.362 pontos.
  • Em HONG KONG, o índice HANG SENG subiu 1,23%, a 29.248 pontos.
  • Em XANGAI, o índice SSEC ganhou 0,81%, a 3.533 pontos.
  • O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, avançou 1,54%, a 5.501 pontos.
  • Em SEUL, o índice KOSPI teve valorização de 1,32%, a 3.096 pontos.
  • Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou alta de 2,27%, a 15.760 pontos.
  • Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES valorizou-se 0,72%, a 2.917 pontos.
  • Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 avançou 1,49%, a 6.762 pontos.

*Com Reuters

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