Finanças
Dólar fecha a R$ 4,25 e bolsa sobe nesta terça
Mercado monitorou dados da indústria e faz apostas para a decisão sobre a Selic na quarta-feira.
O principal indicador de ações da B3, o Ibovespa, fechou alta nesta terça-feira (4). Investidores mantêm o apetite por ativos de risco, apesar da persistente disseminação do novo coronavírus na China e para mais de 20 países.
O índice subiu 0,90%, negociado aos 115.556 pontos. Já o dólar comercial subiu 0,22% frente ao real, a R$ 4,2583.
Ações da Gol
As ações da empresa aérea Gol subiram depois que a American Airlines informou, nesta terça-feira (4), que fechou um acordo para o compartilhamento de voos com a empresa brasileira. O papel fechou em alta de 2,36%, negociado a R$ 35,16.
Com o acordo, a companhia americana passará a oferecer 20 novos destinos para a América do Sul, como Assunção, no Paraguai, e permitirá à Gol o compartilhamento de voos em novas rotas nos Estados Unidos.
Oferta da Petrobras e IPOs
Terminou hoje o prazo para comprar as ações da Petrobras detidas pelo BNDES, que ofertou 734,2 milhões de ações ordinárias (ON), que dão ao investidor direito de voto em assembleias. 20% desse total deve ir para pessoas físicas e o restante para investidores institucionais.
A movimentação de outras companhias e bancos, como BR Distribuidora e Banco Votorantim, também foi monitorada. O Credit Suisse projeta que as operações (aberturas de capital e ofertas subsequentes) podem movimentar R$ 200 bilhões este ano. Na segunda-feira, foi precificada a oferta de ações de abertura de capital (IPO) da Mitre Realty, que movimentou até agora R$ 1,18 bilhão.
Apostas para a Selic
À espera ainda da decisão de juros do Copom na quarta-feira, os agentes monitoraram o resultado da produção industrial brasileira, que mostrou queda de 0,7% em dezembro ante novembro, maior que a mediana (-0,5%) das estimativas calculada pelo Projeções Broadcast (intervalo variava de -1,7% a +0,5%).
A percepção é de que o dado mais fraco que o esperado tende a realimentar as apostas já majoritárias de novo corte de 0,25 ponto da Selic, para 4,25 ao ano, na reunião do Copom, que começa hoje e termina na quarta. As atenções amanhã ficam no comunicado do encontro, em busca de sinais sobre os próximos passos para a reunião de março.
Em relação a dezembro de 2018, a produção industrial caiu 1,2%, superando também a mediana negativa esperada de 0,8%. Nessa comparação, sem ajuste, as estimativas variavam de uma queda de 2,7% a alta de 1,6%. No ano de 2019, a indústria teve retração de 1,1%, exatamente como previa a mediana das projeções. As estimativas iam de recuo de 1,2% a 0,9%.
*Com Estadão Conteúdo