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CEO da TC acusa Empiricus de ‘ataques orquestrados’; empresa nega

Traders Club diz ter sido prejudicada por série de ações da concorrente; Empiricus declarou que informações são ‘levianas’.

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O CEO da TC Traders Club (TRAD3), Pedro Albuquerque, convocou uma coletiva de imprensa nesta sexta-feira (11), na qual divulgou detalhes sobre uma reportagem envolvendo supostas intimidações a ex-funcionárias da empresa por parte da Empiricus, especializada em relatórios sobre recomendações financeiras.

Segundo o executivo, a TC teria sido prejudicada por “ataques orquestrados” contra a empresa e que, segundo ele, “muito provavelmente” teriam sido praticados pela concorrente. A ação da companhia acumula queda superior a 60% desde o começo do ano.

Pedro Albuquerque, CEO DA TC, em coletiva nesta sexta (11). Fonte: Reprodução/Coletiva TC

Albuquerque descreveu em detalhes informações publicadas na véspera pelo site do “Metrópoles”, que teria revelado uma suposta conversa em áudio e mensagens entre Felipe Miranda, CEO da Empiricus, e uma antiga colaboradora do TC.

Na conversa, a reportagem diz que Miranda teria feito perguntas sobre assuntos pessoais e, posteriormente, oferecido um emprego à mulher. O material está nas mãos da polícia.

Na coletiva, Albuquerque afirmou que um relatório divulgado pela Empiricus (Vitreo na época) no dia 26 de outubro de 2021, recomendando que investidores apostassem na queda do papel da TC, não tinha caráter técnico. Ele disse, ainda, que sua empresa perdeu R$ 1 bilhão em decorrência do caso.

Segundo a TC, as informações divulgadas indicam que haveria “fortes indícios de prática de manipulação de preços, prática não equitativa e operação fraudulenta com ações de emissão do TC pela Empiricus”.  

“A companhia reforça que todos esses indícios já foram apresentados às autoridades competentes e continuará colaborando para que sejam realizadas as diligências cabíveis e, se comprovadas as denúncias, para que os envolvidos sejam responsabilizados”, informou em comunicado.

Procurada pelo Investnews, a Empiricus declarou que as informações da coletiva foram “falsas e levianas”.

“Com relação à posição short da ação TRAD3, a Empiricus Investimentos, então Vitreo, só montou a estratégia após a divulgação do relatório para todo o público. Esses dados são comprovados com as movimentações registradas pelo agente fiduciário e pela B3 – informações essas que são públicas e podem ser encontradas nos canais da bolsa de valores. Todo esse material foi apresentado e entregue à Comissão de Valores Mobiliários (CVM)”, disse em comunicado.

Ainda de acordo com a Empiricus, é um dever formal do analista de valores mobiliários checar informações não públicas que chegam até ele. “Foi exatamente isso que Felipe Miranda fez com a vítima do suposto estupro, literal e rigorosamente em linha com seu dever profissional”, declarou a empresa por nota.

Vídeo com acusações

Em agosto, a TC abriu um programa de recompensa de R$ 500 mil para quem entregasse provas lícitas para identificar a autoria de um vídeo que apontava possíveis crimes financeiros cometidos pela empresa de investimentos.

Reprodução/ Internet

O conteúdo, que circulava nas redes sociais, foi apresentado por uma mulher com o rosto pintado de palhaço e que acusa a empresa de manipular os resultados financeiros, dentre outros crimes.

“Ante a ameaça declarada de novas investidas da mesma natureza, se entendeu que este programa seria necessário para proteger os interesses da companhia, ao evitar um novo ataque infundado, bem como garantir a persecução da reparação integral dos danos incorridos pelo TC, em defesa dos interesses de seus acionistas”, escreveu a empresa na ocasião.

*Notícia em atualização

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