Finanças
Com US$ 185,3 milhões, Nike é a líder de lucros com NFTs
Líder no mercado mundial de roupas e acessórios esportivos, a Nike não demorou muito para se tornar a protagonista no segmento de NFTs.
ARTIGO*
O auge dos tokens não-fungíveis (NFTs) ficou para trás há alguns meses. Contudo, há um setor específico relacionado à tecnologia que tem razões — de sobra — para comemorar: as grandes marcas de moda que investiram em NFTs desde o ano passado.
De acordo com os dados divulgados pela Dune Analytics, Nike (NIKE34), Dolce & Gabbana, Tiffany & Co, Gucci e Adidas lideram uma lista de 13 empresas que foram pioneiras na exploração de um mercado ainda nascente, faturaram mais de US$ 200 milhões com a tecnologia.
Encarar ser “earl adoption” nos NFTs foi uma iniciativa arriscada que obteve muito sucesso. Mesmo em proporções distintas, a maioria dessas marcas tiveram lucros multimilionários — ou bilionário, como no caso da Nike.
Para se ter uma ideia, a Nike teve um lucro direto de US$ 185,3 milhões, ou quase R$ 1 bilhão, dos quais US$ 93,1 milhões são em vendas, e outros US$ 92,2 milhões de royalties. Somente a norte-americana, foi responsável por 67.250 transações.
Como fica perceptível pelo ranking acima, as marcas de luxo, representadas pela Dolce & Gabbana, Tiffany e Gucci, também estão conseguindo faturamento alto com a disrupção da tecnologia.
A renomada Dolce & Gabbana, por exemplo, lucrou mais de US$ 25 milhões, algo em torno de R$ 130 milhões. Destes, apenas o lançamento da Collezione Genesi, uma coleção de nove NFTs com peças de roupas físicas e digitais, renderam US$ 5,7 milhões para a marca.
Por que isso importa? Pois, ao contrário do que alguns céticos falam, NFTs estão longe de serem apenas um “meme de macaco”.
Os resultados positivos de companhias que não são nativas do ambiente digital mostram o potencial de crescimento das novas tecnologias , principalmente NFTs e metaverso, entre empresas e consumidores, cada vez mais interessados no universo do blockchain.
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De olho no futuro: não é só uma moda
Mesmo que os ganhos gerados pelas coleções de NFTs ainda sejam pouco significativos quando comparados ao faturamento total dessas grandes marcas, para a indústria da Web 3.0, as receitas geradas são um bom indicativo de que essa tecnologia continuará sendo aderida pelo “mundo real”.
Mais do que lucros, o impacto no reconhecimento geral da marca, engajamento e fidelidade do cliente são provavelmente as principais razões pelas quais as marcas estão investindo em NFTs.
Não obstante, dada a base de clientes gigantesca e a credibilidade que possuem com os fiéis consumidores, a iniciativa pode atrair tanto os clientes capitalizados que já possui, quanto os amantes de tecnologia, mesmo que tenham menor capital; afinal, são pessoas amantes do pioneirismo.
*Mayara é co-autora do livro “Trends – Mkt na Era Digital”, publicado pela editora Gente. Multidisciplinar, apaixonada por tecnologia, inovação, negócios e comportamento humano. |
*As informações, análises e opiniões contidas neste artigo são de inteira responsabilidade do autor e não do InvestNews.
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