Finanças
Como comprar no exterior? Veja meios de pagamentos usados em viagens
Especialista comenta vantagens e desvantagens de cada uma das alternativas de gasto em moedas estrangeiras.
Ao falar em viajar para fora, seja para turismo ou trabalho, logo se pensa em quais são os meios de pagamentos disponíveis para fazer compras. Existem algumas alternativas, mas, dependendo do contexto e das necessidades, umas podem ser melhores do que as outras, como explica o educador financeiro Guilherme Baia.
Entre as opções mais comuns, estão o dinheiro, cartão de crédito e cartão de débito, que é praticamente o mesmo que o cartão de viagem pré-pago. Veja abaixo mais detalhes sobre o funcionamento de cada um desses meios de pagamentos e quando eles valem mais a pena.
Dinheiro
A alternativa mais comum de meio de pagamento ao viajar é o próprio dinheiro. Ao ir até uma casa de câmbio, o interessado poderá comprar a moeda que desejar, porém, deverá pagar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de 1,1% e a taxa administrativa cobrada pelo local.
A principal vantagem de usar este recurso é que, geralmente, ele sai mais barato do que os outros. Por outro lado, a desvantagem é o risco de perda ou de roubo que o indivíduo pode correr tendo o valor em espécie.
“Dependendo do lugar, o dinheiro físico sempre demanda atenção em relação à segurança. As pessoas podem perder ou podem ser roubadas. Turista, via de regra, chama a atenção”, comenta Baia.
O educador financeiro diz ainda que comprar a moeda estrangeira no país residente é mais recomendado do que no destino. Isso porque no exterior as taxas deverão ser cobradas na moeda local – que pode ser mais valorizada. Esses encargos podem ser muito altos e ainda variar para estrangeiros.
Um ponto neutro ao adquirir dinheiro, segundo o educador financeiro, é a possibilidade de travar o câmbio. No caso de haver valorização da moeda estrangeira depois da compra, o proprietário terá pagado, de certa forma, mais barato pelo montante. E o contrário funciona da mesma maneira. No caso de haver desvalorização da moeda estrangeira depois da compra, o proprietário terá pagado mais caro pelo montante.
Cartão de crédito
Outra opção de pagamento em viagens são os cartões de crédito internacionais. Ao efetuar uma compra, será cobrado o IOF de 6,38% sobre o valor do produto, normalmente correspondendo à cotação do câmbio no dia do fechamento da fatura e, ainda, as taxas bancárias, que variam de empresa para empresa.
Para obter um cartão de crédito que seja aceito no exterior, é preciso solicitar a alguma instituição financeira. Vale lembrar que é muito importante avaliar as condições de contratação do cartão.
Normalmente, as grandes vantagens desta ferramenta são programas de milhagem, benefícios e a segurança que ela costuma oferecer aos usuários. Além de que, conforme explica Baia, se há uma expectativa muito clara de valorização da moeda nacional sobre a moeda estrangeira que será gasta durante a viagem até o período de fechamento da fatura, usar o cartão também pode ser vantajoso.
Em contrapartida, o malefício é a alta tributação e outras taxas, “que quase sempre se tornam maiores do que a troca da moeda”, de acordo com o planejador financeiro.
Cartão de viagem pré-pago (débito)
O cartão de viagem pré-pago tem um funcionamento simples. Ao adquiri-lo com alguma instituição financeira, será necessário carregá-lo e, posteriormente, gastar o dinheiro da forma que desejar.
No entanto, esse cartão não está livre de tarifas. Assim como o de crédito, também é necessário pagar o IOF de 6,38% sobre o valor e as taxas determinadas pela empresa emissora.
Vale ressaltar que, assim que o cartão for carregado, o valor do câmbio será travado.
Algumas opções de cartões de viagem pré-pagos são o Wise, Visa Travel Money, Itaú Travel Money e PagSeguro.
A primeira vantagem deste recurso é a segurança, assim como a do cartão de crédito. Depois, outro benefício é poder sacar esses valores durante a viagem – porém, vale lembrar que pode haver taxas para isso.
“A vantagem é a possibilidade de recarga, é a possibilidade de não portar a moeda e de ele ser amplamente aceito”, comenta Baía.
Já as desvantagens são não contar com algum programa de milhas ou outros benefícios, a necessidade de carregá-lo com antecedência e não poder parcelar as compras. Além disso, muitas vezes esses cartões não têm seguro em casos de furto. Portanto, se alguém utilizar um cartão roubado antes do bloqueio pelo dono, nada poderá ser feito.
Saque no exterior
Outra opção para gastar em dinheiro é deixar para sacar os valores durante a viagem. Através de uma conta que funcione no exterior, seja a do cartão de viagem pré-pago ou outra, o titular do serviço poderá se dirigir a um caixa eletrônico e sacar o montante desejado.
No entanto, o saque no exterior não se torna mais em conta do que a troca de moeda em uma casa de câmbio no país residente. Isso porque é preciso arcar com a taxa de saque aplicada pela empresa que gerencia o caixa eletrônico, a taxa de saque cobrada pelo banco e o IOF de 6,38%.
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