Finanças
Dividendo do setor de óleo e gás deve ser o maior de 2024, aponta Inter
É esperado um dividend yield, rendimento de dividendo calculado sobre o preço da ação de uma empresa, de 10%.
Em relatório divulgado nesta quarta-feira (06), o Banco Inter informou que o setor de óleo e gás tem se destacado em relação às expectativas de pagamento de dividendos em 2024. Para o segmento é esperado um dividend yield (rendimento de dividendo calculado sobre o preço da ação de uma empresa) de 10%.
“Parte vindo de um ROE (retorno sobre o patrimônio líquido) elevado e parte de um valuation (avaliação) também mais descontado versus os demais segmentos”, destacou o analista Matheus Amaral, em relatório.
Além das commodities, aparecem como promissores os setores de telecom e o financeiro, com uma expectativa de uma taxa de rendimento de 7,2% e 7,1%, respectivamente. Na última posição está o segmento de tecnologia e mídia, com um dividend yield de 1,2%.
Em relatório, Amaral frisou que, além dos proventos, ao reinvestirem o capital de forma eficiente, as empresas costumam gerar valor ao acionista por meio do ganho de capital, já que há uma valorização das ações no mercado. Esse é o caso do segmento de tecnologia, em especial nos Estados Unidos.
“As ações norte-americanas têm característica de maior reinvestimento e ganho de capital vis-à-vis o pagamento de proventos, dado a característica de grandes companhias como as de
tecnologia, entre outras, que geralmente optam pelo reinvestimento no negócio”, destacou.
Setor | Dividend Yield |
Óleo e Gás | 10,0% |
Financeiro | 7,2% |
Telecomunicações | 7,1% |
Commodities | 7,1% |
Utilities | 4,8% |
Real Estate | 4,7% |
Consumo básico | 3,8% |
Indústria | 2,4% |
Consumo discricionário | 1,9% |
Saúde | 1,5% |
Tecnologia e mídia | 1,2% |
Petrobras
Uma das companhias que costumam pagar dividendos parrudos é a Petrobras, que nesta quinta-feira (07), irá divulgar seu balanço financeiro referente ao quarto trimestre de 2023. A expectativa do mercado, porém, está voltada para o anúncio dos dividendos.
Isso porque Jean Paul Prates, CEO da companhia, declarou no fim de fevereiro que a petroleira seria mais cautelosa no pagamento de dividendos extraordinários (que se refere ao lucro não previsto no caixa de uma companhia).
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