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Com corte de juros do Fed, dólar chega a R$ 4,51 e Bolsa recua 1,02%

Corte emergencial para conter efeitos do coronavírus foi o maior desde 2008

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O Ibovespa, principal índice da B3 , fechou em baixa nesta terça-feira (3). Às 18h15, o pregão encerrava em queda de 1,02% aos 105.537 pontos. O resultado foi impactado pela instabilidade dos mercados após o anúncio do Federal Reserve (Fed) de um corte histórico na taxa de juros americana.

Ao longo do dia, a moeda americana avançou frente ao real. O dólar comercial fechou vendido a R$ 4,5109, novo recorde nominal, com valorização de 0,53%. A moeda voltou a subir no fim da tarde, após ter recuado para R$ 4,47 com o anúncio do Fed.

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Destaques da bolsa

Entre as ações mais negociadas caíram: a Vale (-0,02%), Petrobras (-1,81%) e Itaú Unibanco (-1,82%). Com seus papéis negociados a R$ 46,35 (VALE3), R$ 26,05 (PETR4) e R$ 31,30 respectivamente.

Os papéis da Qualicorp (QUAL3) e B2W Digital (BTOW3) fecharam entre as maiores altas do dia. A QUAL3 negociava suas ações a R$ 36,69 com alta de 4,65%. Já os papéis da BTOW3 tiveram a maior alta do dia, cotados a R$ 66,51, com alta de 4,99%.

Entre as maiores baixas estavam as ações da IRB Brasil (IRBR3), que caíram 7,74% cotados a R$ 28,00. O resultado foi motivado pela saída de Ivan Monteiro do conselho de administração da seguradora.

Os papéis da BRF (BRFS3) também fecharam entre as maiores baixas, após divulgar resultados do seu balanço, onde a companhia teve lucro R$ 690 milhões no quarto trimestre de 2019. As ações encerraram o dia em queda de 7,27% cotadas a R$ 26,15.

Corte de juros do Fed

Nesta terça-feira, os ministros de Finanças e presidentes de bancos centrais do G7, liderados pelo Secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, e pelo presidente do Fed, Jerome Powell, fizeram uma teleconferência para discutir os riscos do coronavírus e possíveis medidas.

O resultado do encontro foi abaixo do esperado pelo mercado e nenhuma ação coordenada específica de estímulos fiscais ou monetários foi tirada. Mas logo depois, o Federal Reserve decidiu cortar a taxa básica de juros do país em 0,5 ponto percentual, para uma faixa entre 1% e 1,25%. Foi o maior corte desde a crise financeira de 2008.

Com o corte do Fed, o governo dos EUA demonstrou que prefere proteger a própria economia sem atuar em cooperação. Os índices de Nova York responderam com forte alta. As bolsas europeias fecharam com ganhos. O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 1,37%, em 381,13 pontos, mesmo com vários bancos em baixa pelo continente.

No âmbito nacional, o presidente Jair Bolsonaro encaminhou a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) ao Congresso na tentativa de direcionar o controle dos R$ 30,1 bilhões de orçamento em 2020. A votação do Orçamento Impositivo também foi retomada.

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