Finanças
ETF brasileiro sobe pós Copom e expectativa é de Ibovespa positivo
O MSCI Brazil Capped ETF (EWZ), principal fundo de índice lastreado à bolsa brasileira, apresentava variação positiva de 0,27%, a US$ 33 antes da abertura do mercado.
O MSCI Brazil Capped ETF (EWZ), principal fundo de índice (ETF) lastreado à bolsa brasileira e que é negociado na Bolsa de Nova York (NYSE) apresentava variação positiva na manhã desta quinta-feira (3).
Na pré abertura do mercado, o ativo tinha variação positiva em 0,27%, a US$ 33, o que pode apontar como o Ibovespa deve se comportar após a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) cortar em 0,5 ponto percentual a taxa Selic, que agora está em 13,25% ao ano.
Segundo a Guide Investimentos, o mercado deve reagir positivamente à decisão do Copom, já que “surpreendeu boa parte do mercado”.
Os analistas apontam que a decisão ficou marcada pela alta divergência entre participantes, com 4 dissidentes que optaram pelo corte mais parcimonioso de 0,25 pontos percentuais.
“Não obstante, além do corte mais agressivo, a sinalização de que este ritmo deve se manter para as próximas decisões tem o potencial de dar gás ao mercado de ações, que vem desempenhando bem há dois meses, quando passou a ficar mais claro que o Copom teria espaço para começar a derrubar o juro”.
guide investimentos
A ponderação é de que algum contágio da piora de sentimento dado o clima no exterior e a continuidade no movimento de queda das commodities ameaça conter um maior avanço do Ibovespa.
Na véspera, as bolsas americanas registraram queda depois que a Fitch Ratings rebaixou o rating de longo prazo em moeda estrangeira dos Estados Unidos de “AAA” para “AA+”. Na manhã desta quarta, os principais índices americanos ainda apresentavam baixa antes da abertura dos mercados.
Já leitura do Bank of America (BofA) sobre a decisão do colegiado quanto ao corte da taxa de juros é a de que a incerteza quando ao andamento do quadro fiscal foi deixada de lado.
“A mensagem reforçou o objetivo de manter uma postura monetária contracionista para buscar uma âncora de expectativas de inflação no horizonte relevante (2024 e 2025 – em menor grau). Isso combinado, com a votação dividida e a menção do próximo corte de ritmo em 50bp, parece uma tentativa de suprimir as expectativas de uma aceleração do ritmo à frente”.
Os economistas do banco americano, David Beker e Natacha Perez, observam que no cenário de referência do Banco Central onde aponta para uma Selic de 12% até o fim de 2023 e de 9,25% em 2024, além de um câmbio em R$ 4,75, isso fez com que a projeção de inflação para este ano fosse revisada para baixo (5% para 4,9%), e em 2024 pra 3,4%.
“Continuamos esperando a Selic em 11,75% até o final de 2023 diante da deterioração do mercado de crédito, da desaceleração da atividade e da inflação”.
Bank of america
O BofA acredita em outro corte de 50 pontos base para a próxima reunião do Copom, levando a Selic a fechar o ano em 11,75% e 9,50% em 2024.
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