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Economia

Fitch rebaixa rating dos EUA de ‘AAA’ para ‘AA+’; Yellen critica decisão

Agência citou esperada deterioração fiscal nos próximos três anos.

A agência de classificação de risco Fitch rebaixou nesta terça-feira (1) o rating de longo prazo em moeda estrangeira dos Estados Unidos de “AAA” para “AA+”, apontando para uma esperada deterioração fiscal nos próximos três anos, bem como uma alta e crescente carga geral da dívida do governo.

O rebaixamento chega na esteira de um acordo sobre o teto da dívida do país realizado em junho, que veio depois de meses de negociações políticas difíceis. O teto de dívida foi elevado de US$ 31,4 trilhões.

“Na visão da Fitch, houve uma deterioração constante nos padrões de governança nos últimos 20 anos, inclusive em questões fiscais e de dívida, apesar do acordo bipartidário de junho para suspender o limite da dívida até janeiro de 2025”, disse a agência de recomendação em comunicado.

Logo da Fitch Ratings em seu escritório de Londres 03/03/2016. REUTERS

Investidores usam as classificações de crédito para avaliar o perfil de risco de empresas e governos quando obtêm financiamento nos mercados de capitais de dívida.

A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, discordou do rebaixamento. “Discordo fortemente da decisão da Fitch Ratings. A mudança anunciada pela Fitch Ratings hoje é arbitrária e baseada em dados desatualizados”, afirmou Yellen em um comunicado.

Em uma crise anterior do teto da dívida em 2011, a agência de risco Standard & Poor’s cortou a recomendação máxima dos EUA em um nível, de “AAA” para “AA+”, alguns dias após um acordo sobre o teto da dívida, apontando polarização política e medidas insuficientes para corrigir as perspectivas fiscais do país. Sua recomendação ainda é “AA+” — a segunda mais alta.

A Fitch havia colocado sua recomendação “AAA” para a dívida soberana dos EUA em alerta para um possível rebaixamento em maio, citando riscos negativos, que incluem desgaste no debate político e um crescente peso da dívida.

Este conteúdo é de cunho jornalístico e informativo e não deve ser considerado como oferta, recomendação ou orientação de compra ou venda de ativos.

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