Finanças
ETF de Bitcoin da BlackRock já supera em US$ 10 bilhões o ETF de ouro
Com rali do preço do Bitcoin após a eleição de Trump, o ETF da criptomoeda atingiu US$ 43 bilhões em ativos sob gestão
Com apenas dez meses de existência, o ETF de Bitcoin à vista da BlackRock, o iShares Bitcoin Trust (IBIT), já atingiu a marca de US$ 40 bilhões em ativos sob gestão (AUM na sigla em inglês). Assim, tornou-se o maior que o ETF de ouro da gestora, o iShares Gold Trust (IAU).
A virada aconteceu no dia 8 de novembro. Desde então, o ETF de Bitcoin seguiu com forte captação e alcanço US$ 43,03 bilhões sob gestão. na última terça-feira (19) sob gestão, mais de US$ 10 bilhões acima do ETF de ouro, com US$ 32,67 bilhões de AUM.
Sob o efeito da onda de otimismo que tomou conta do mercado de criptomoedas após a eleição de Donald Trump para presidente dos Estados Unidos, o IBIT registrou uma grande entrada de recursos ao longo de novembro. Foi nesse período que o Bitcoin (BTC) atingiu sua máxima histórica de mais de US$ 93.000,00.
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É comum no mercado que o Bitcoin seja comparado com o ouro – tanto é que ele é chamado por muitos de “ouro digital”. Isso tem a ver, principalmente, com a ideia de escassez que existe por trás dos dois ativos: enquanto o ouro teria uma quantidade finita a ser extraída no mundo, o Bitcoin tem um limite de 21 milhões de unidades que serão emitidas.
Essa tese tem sido defendida por Larry Fink, CEO da BlackRock. Ele afirmou em entrevista ao canal americano CNBC em julho deste ano que tinha uma “opinião errada” sobre o Bitcoin. E reconheceu que a criptomoeda é um “instrumento financeiro legítimo” e seria como um “ouro digital”.
Ainda em 2023, Fink já havia dito que o Bitcoin tem o papel de “digitalizar o ouro”, sendo uma alternativa de investimento de proteção contra a inflação e desvalorização de moedas.
Bitcoin entre os ativos mais valiosos do mundo
O recente rali fez o Bitcoin subir para o grupo dos dez maiores ativos mais valiosos do mundo, acima de outro metal: a prata, segundo o site CompaniesMarketCap.
Até terça-feira, o Bitcoin tinha um valor de mercado de US$ 1,85 trilhão, ficando em sétimo lugar, enquanto a prata possuía uma capitalização de US$ 1,76 trilhão, na nona colocação, ambas à frente da Meta, empresa dona do Facebook, Instagram e WhatsApp, quando comparadas com as maiores empresas do mundo.
A capitalização atual do Bitcoin o coloca par a par com a Saudi Aramco, a maior petroleira do mundo, que agora está na oitava posição entre os ativos mais valiosos. Atualmente a empresa vale US$ 1,80 trilhão.
Lideram o ranking de ativos mais valiosos do mundo o ouro (US$ 17,69 trilhões), Nvidia (US$ 3,64 tri), Apple (US$ 3,46 tri), Microsoft (US$ 3,09 tri) e Amazon (US$ 2,15 tri).