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Ações da Boeing despencam após suspensão de aviões 737 Max-9

Os papeis da companhia negociados no pré-market chegaram a registrar 8% de queda na madrugada desta segunda-feira (8).

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As ações da Boeing (BOIE34)chegaram a cair 8% nas negociações do pré-market desta segunda-feira (8) com os mercados digerindo a notícia de que a Administração Federal de Aviação (FAA), agência regulatória de aviação americana, suspendeu os voos de todas as aeronaves 737 Max-9 nos Estados Unidos. Existem 171 aviões em todo o mundo.

Por volta de 17h (horário de Brasília) o BDR da companhia listado na B3 recuava perto de 6%, negociado a R$ 1.134,38.

No sábado (6), a Alaska Airlines teve um incidente onde perdeu parte da fuselagem da aeronave em pleno voo, o que forçou o piloto a realizar um pouso de emergência. O pedaço de fuselagem se soltou do lado esquerdo da aeronave no momento em que ela subiu ao deixar Portland, no Estado do Oregon, com destino a Ontario, na Califórnia, forçando os pilotos a darem a volta e pousarem com segurança o avião com 171 passageiros e seis tripulantes a bordo. O Max-9 estava em serviço há apenas oito semanas.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) seguiu a decisão da FAA, ordenando a suspensão das operações com esses modelos. No Brasil, apenas a Copa Airlines voa com os Boeing 737 Max-9 em suas rotas para o Panamá, com voos diários saindo de São Paulo e do Rio de Janeiro.

O site da Copa Airlines informava no domingo (7) por volta das 12h15, que em São Paulo, dos cinco voos previstos para o domingo, três haviam sido cancelados. No Rio de Janeiro, dos dois programados, um partiu com atraso de quase oito horas e o outro voo foi cancelado.

Em nota divulgada no sábado, a companhia aérea informou que “suspendeu temporariamente as operações de 21 aeronaves 737 Max-9, até que sejam submetidas à revisão técnica necessária”. A empresa também disse já ter iniciado as inspeções técnicas e que espera que as aeronaves retornem “à programação de voos de forma segura e confiável nas próximas 24 horas”.

“A equipe da companhia aérea está trabalhando para minimizar o impacto para seus passageiros, embora alguns atrasos e cancelamentos sejam esperados devido a essa situação fora do controle da empresa”, afirmou a companhia.

Avião 737 MAX-9 da Boeing em construção em unidade de produção em Renton, Washington 13/02/2017 REUTERS/Jason Redmond

Acomodação ou reembolso

A Anac informou ontem que “acompanha o atendimento aos passageiros da Copa Airlines” no Brasil. De acordo com a agência, as regras em vigor no País determinam que o cancelamento programado de voos precisa ser informado com, no mínimo, 72 horas de antecedência. “O transportador deve oferecer alternativas de reacomodação ou reembolso integral se o cancelamento for informado em prazo inferior a 72 horas”, explicou a agência. Segundo a Anac, ainda, em situações de cancelamento, o passageiro tem direito de escolher entre reacomodação (em outro voo) ou reembolso integral.

Em nota, também, o Procon de São Paulo informou que irá notificar todas as companhias aéreas “para orientar e atender os consumidores eventualmente prejudicados com atrasos ou cancelamentos de voos.”

Segundo a FAA, a agência americana de aviação, as inspeções nos modelos da Boeing demoram de quatro a oito horas por aeronave e a decisão afeta cerca de 171 aviões em operação em todo o mundo. A família de jatos 737 Max tem apresentado problemas sérios desde 2018, quando dois aviões caíram, matando 346 pessoas, e seus voos ficaram suspensos por 20 meses.

Não houve feridos no “incidente” de sexta-feira, mas passageiros do voo da Alaska Airlines descreveram uma “experiência angustiante” durante os 15 minutos que o avião levou para retornar ao aeroporto.

Com informações da Agência Estado e Reuters

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