Finanças
Fundos, contratos, BDRs e barras: o que você precisa saber para investir em ouro
No Cafeína de hoje, Samy Dana e Dony De Nuccio analisam a alta do metal precioso e se ainda compensa investir em ouro.
Talvez este seja o investimento mais antigo do mundo. Usado como moeda de troca internacional desde 1.500 A.C., o ouro é um símbolo de riqueza e de proteção financeira em tempos de crise.
Considerado um porto seguro no mercado mundial, é globalmente aceito como uma reserva de valor. É negociável entre diferentes países e pode ser convertido em diferentes moedas. Mas seu principal ponto de destaque é a segurança, principalmente em tempos inseguros.
O rendimento do ouro tem se destacado entre as principais aplicações há algum tempo, mas disparou em 2020 e se consagrou como um dos queridinhos de muitos investidores. Se analisarmos a década entre 2010 e 2019, o metal acumulou valorização de 240%. É quase cinco vezes a alta do Ibovespa no mesmo período. E neste ano não tem sido diferente. Só no primeiro semestre ele subiu mais de 40%.
Esse alto rendimento é explicado pelo fato de o ouro ser um ativo de proteção. É uma forma de resguardar seu patrimônio, principalmente em momentos de incerteza, como a pandemia do coronavírus.
Porém, resta a dúvida: ainda vale a pena aplicar em ouro, já que está tão valorizado? Segundo alguns analistas, a resposta é sim. Com o cenário de incerteza, o metal ainda pode se valorizar, dada a pandemia ainda não ter sido superada. Países na Europa e nos Estados Unidos estão passando por uma nova onda de infecções e tem adotado lockdowns em algumas regiões. As vacinas estão nas fases finais dos testes, mas o cenário de retomada completa ainda é incerto.
Com esse panorama indefinido, investir em ouro é uma opção para proteger os seus investimentos. E é também uma forma de diversificar a sua carteira. Mas é importante destacar que a commodity é indicada para investidores que já investem em renda variável e têm outros produtos financeiros.
Você não vai investir em ouro se tiver 100% da sua carteira em renda fixa. O ouro, assim como o dólar, é um ativo para proteger seus investimentos em renda variável – seja no Brasil ou no exterior.
Fazendo analogia dos investimentos, é com um time de futebol. Tem gente que joga na defesa e tem gente que joga no ataque. O ouro é da equipe da defesa. E montar a sua carteira é igual a treinar um bom time de futebol: você primeiro acerta a defesa e daí começa ajustar a parte ofensiva. É por isso que começar pela reserva de emergência é essencial, partindo posteriormente para a diversificação na renda fixa e só depois para a renda variável. E é na hora de montar a sua alocação em renda variável que você começa a pensar nas proteções. Aí que o investimento em ouro entra.
Mas antes de começar, é preciso saber as diferentes formas de investir antes de entrar no mundo do metal precioso. E tanto pode ser por meio de contratos pela bolsa de valores, fundos de investimento com lastro em ouro, BDRs de mineradoras ou até a compra do metal em barra através de uma corretora devidamente credenciada.
Se interessou pelo assunto? Então assista ao Cafeína de hoje e conheça as diferentes maneiras de investir em ouro.
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