Finanças
Gestores de ativos apostam em tokens de fundos apesar de turbulência das criptos
Moedas digitas caem em meio às altas de juros pelos principais bancos centrais e inflação galopante.
O mercado de criptoativos passou por momentos selvagens nos últimos meses, mas isso não intimidou gestores de ativos que estão se preparando para usar a tecnologia blockchain por trás das criptomoedas para dividir fundos em unidades pequenas, ou tokens, para vender para investidores de varejo.
O bitcoin caiu 7,7% em apenas minutos em um dia da semana passada, após queda de 15% em um dia de junho, após altas de juros pelos principais bancos centrais e inflação galopante levando investidores a abandonar ativos de alto risco.
Mas as empresas de investimento Hamilton Lane e Partners Group, que tokenizaram fundos em 2021, disseram que consideram outros produtos.
A gestora de ativos mainstream abrdn espera lançar um fundo tokenizado neste ano, segundo uma fonte a par do assunto, e a Schroders também está investindo no setor.
Nesses fundos, os tokens são emitidos por meio de uma oferta de títulos que dá ao investidor o direito de participação.
O blockchain permite que os tokens, ou frações de fundos, sejam gerenciados com segurança e pode ajudar investidores de varejo a comprar ativos ilíquidos como de private equity, que tendem a oferecer retornos mais altos, mas podem ser difíceis de negociar rapidamente.
Devido aos riscos ligados a ativos ilíquidos, muitos fundos desse nicho estão abertos apenas a investidores profissionais, exigindo investimentos mínimos de US$ 10 milhões.
Os tokens permitem fomentar mercados secundários, ao dar maior liquidez, dizem especialistas do setor, embora o Conselho de Estabilidade Financeira tenha alertado que isso ainda deixa os investidores de varejo expostos aos ativos ilíquidos, difíceis de sair rapidamente se os preços caírem.
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