Finanças
Goldman Sachs recomenda venda da ação da Qualicorp; papel cai 5,41%
Além disso, preço-alvo do papel foi revisado pelo banco, com um corte em 50%, passando de R$ 12 para R$ 6.
O Goldman Sachs cortou a recomendação da ação da Qualicorp (QUAL3) de neutro para venda e revisou o preço-alvo do papel, com um corte em 50%, passando de R$ 12 para R$ 6. Com isso, a ação da companhia se destacou entre as perdas do Ibovespa nesta terça-feira (17), em queda de 5,41%, a R$ 5,60.
Em relatório, analistas do Goldman Sachs apontaram que, apesar da solidez do negócio (ou seja, altas margens, retornos e conversão de fluxo de caixa livre), eles acreditam que o ímpeto de lucros de curto prazo da empresa é fraco, com persistência de fracas adições líquidas orgânicas.
Ainda de acordo com os analistas, isso se deve, principalmente, a: cenário macro desafiador e inflação impactando as adições brutas; provável concorrência ainda elevada com os planos de pequenas e médias empresas, pressão sobre o capital de giro decorrente de condições comerciais desafiadoras, com os custos médicos em alta; e o modesto crescimento do tíquete médio.
“Acreditamos que o valuation parece pouco atrativo, dada a perspectiva limitada de crescimento e dificuldade de ganhos. Por fim, estamos reduzindo nossa perspectiva para o lucro líquido em 2023 em 19% e, para 2024, em 13%, o que representa, respectivamente, cerca de 40% e 19% abaixo do consenso da Bloomberg, indicando mais revisões negativas do mercado”, destacaram os analistas do banco.
Números da Qualicorp
No terceiro trimestre de 2022, a companhia reportou lucro líquido de R$ 49,2 milhões, queda de 55,4% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortizações e depreciação) ajustado atingiu R$ 234,7 milhões no trimestre, recuo de 12,7% na comparação com igual intervalo de 2021. A margem Ebitda ajustada foi de 46,3%, queda de 399 pontos base.
A receita líquida da Qualicorp, por sua vez, caiu 5,2% no comparativo anual, chegando a R$ 507,1 milhões.
De julho a setembro do ano passado, a companhia registrou dívida líquida de R$ 1,560 bilhão no período, aumento anual de 50,2%, e a alavancagem ficou em 1,6x na relação dívida líquida/Ebitda ajustado LTM ante 1,5x no segundo trimestre e 1,0x em relação a um ano antes.
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