Finanças
Grupo Soma cai 2,23% após Hering ser intimada pela CVM; Sequoia recua
Empresa de logística informou uma aumento do prejuízo no terceiro trimestre deste ano ante o mesmo período do ano passado.
As ações do grupo de moda Soma fecharam em queda nesta quarta-feira (19), após a empresa comunicar que a Hering, sua subsidiária, foi intimida pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em processo para apurar uso de informação privilegiada durante negociação de combinação de negócios entre as empresas.
Entre as ações ligadas à commodities, o pregão foi positivo para as petroleiras, enquanto as siderúrgicas e mineradora Vale tiveram queda.
A empresa de logística Sequoiá, que não esta no Ibovespa, fechou em queda em meio à divulgação do balanço do terceiro trimestre que apontou avanço no prejuízo.
Já a JHSF, que atua com incorporação imobiliária, declinou depois de divulgar prévia operacional referente ao terceiro trimestre.
Confira os destaques:
Grupo Soma
O Grupo Soma (SOMA3) caiu 2,23%, a R$ 13,15. A queda ocorreu após a empresa comunicar nesta quarta-feira que a Cia Hering, sua subsidiária, foi intimida pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em processo para apurar uso de informação privilegiada durante negociação de combinação de negócios entre as duas varejistas de moda. “A Cia Hering tomará as providências cabíveis para a defesa de seus interesses”, afirmou o grupo de moda no comunicado.
Commodities
Entre as petroleiras, o pregão era positivo refletindo o avanço dos contratos futuros do petróleo Brent com vencimento em dezembro.
Em contrapartida, a Vale e as siderúrgicas recuaram, mesmo após os contratos futuros do minério de ferro, com vencimento em janeiro de 2023, encerrarem o pregão da bolsa de Dalian, na China, em leve alta de 0,36%. Confira o desempenho dos papéis:
Ativo | Variação em % | Valor de fechamento em R$ |
PRIO3 | 3,72 | 33,43 |
PETR3 | 3,71 | 39,14 |
PETR4 | 3,54 | 35,42 |
VALE3 | -1,18 | 71,11 |
GGBR3 | 0,05 | 21,62 |
GGBR4 | -1,53 | 25,81 |
RRRP3 | 5,96 | 44,09 |
USIM3 | -1,59 | 8,06 |
USIM5 | -2,00 | 7,35 |
CSNA3 | -2,20 | 12,87 |
CMIN3 | -2,08 | 3,29 |
Sequoia
A Sequoia (SEQL3) fechou em R$ 5,89, queda de 1,17%, após chegar a subir mais cedo. A empresa informou um aumento do prejuízo de R$ 322 mil registrado no terceiro trimestre do ano passado, para R$ 11,6 milhões no mesmo intervalo deste ano. A receita líquida avançou 21,1%, para R$ 453 milhões. Os números vieram dentro do esperado pelo mercado.
Alexandre Kogake e Pedro Pimenta, analistas da Eleven, escreveram em relatório que resultados da companhia vieram bem em linha com as sua estimativas, refletindo uma contínua expansão na quantidade de pedidos (com crescimento de 65% no comparativo anual) puxada pelo segmento voltado para consumidor final (principalmente a Shopee).
“Apesar do crescimento do volume, o ticket médio da companhia apresentou uma redução de 24% (comparativo anual) e 13% (na analise trimestral) devido à maior participação de itens até 3kg, e impactos de juros na demanda do segmento de pesados no B2C, como produtos de linha branca que possuem ticket médio maior”, avaliou a dupla.
“Apesar dos resultados neutros mantemos a visão compradora para a tese no longo prazo devido às expectativas de redução de juros para o próximo ano que deve trazer maior demanda para produtos de maior valor agregado, o que pode impulsionar as margens da companhia”.
Lucas Marquiori e Fernanda Recchia, do BTG Pactual, escreveram que a Sequoia apresentou um bom crescimento de receita, mas as margens, no comparativo anual, ficaram mais baixas devido a um mix mais fraco. Por outro lado, os analistas observaram que as margens se expandiram na variação trimestral, mostrando a sazonalidade do período. Além disso, a companhia mostrou boa execução no B2C (entrega direta ao consumidor final), segmento auxiliado pela crescente participação de players varejistas asiáticos.
“Olhando para frente, esperamos que os investidores monitorem o desempenho durante a Black Friday e a temporada de festas; potenciais novas fusões e aquisições, já que a Sequoia tem potencial para adquirir mais empresas; crescimento orgânico, principalmente em B2C; exposição a players asiáticos e a perfomance da margem”, analisou a equipe do banco.
JHSF
A JHSF (JHSF3) fechou em R$ 7,55, queda de 0,79%. Em prévia operacional divulgada nesta quarta-feira (19), a empresa informou uma alta de 12,4% nas vendas contratadas em incorporação imobiliária no terceiro trimestre ante um ano antes, para R$ 375,2 milhões.
Em shoppings, as vendas consolidadas avançaram 13,1%, para R$ 972,9 milhões, enquanto na comparação com o mesmo período de 2019 o salto é 64,2%.
*Com informações da Reuters
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