Finanças
Hapvida recua 3% e Odontoprev sobe 5% após relatório do JPMorgan
Banco cortou recomendação da Hapvida, mas elevou a da Oontoprev.
As ações da empresa de planos de saúde Hapvida (HAPV3) operavam em queda nesta sexta-feira (06) após os analistas do JPMorgan cortaram para neutra a recomendação sobre o que fazer com os papéis em relatório sobre o setor de saúde.
Na mínima do dia, a ação chegou a recuar 5%. Por volta das 14h, a queda era de 3%, mas ainda assim a empresa liderava as baixas do principal indicador da B3, o Ibovespa.
A empresa também teve o preço-alvo reduzido de R$ 9,50 para R$ 5,50. Os analistas Joseph Giordano e Estela Strano enxergam ventos contrários mais fortes ao crescimento e à lucratividade, citando por exemplo que o mercado de trabalho provavelmente mais fraco no meio do ano deve prejudicar a expansão da base de membros.
Além disso, acrescentaram, o ambiente desafiador de precificação para recompor os níveis históricos de sinistralidade (MLR/ou ‘medical loss ratio’) deve permitir a normalização da rentabilidade apenas no segundo semestre de 2024, mesmo com sinergias esperadas da aquisição da Intermédica.
“Embora ainda vejamos a empresa como uma estruturante ganhadora de market share nos planos privados de saúde, principalmente se tivermos uma perspectiva positiva para o mercado de trabalho, acreditamos que os próximos 24-30 meses serão mais desafiadores do que o mercado espera.”
Odontoprev
Em contrapartida, o banco elevou a recomendação para Ondontoprev (ODPV3), que não está no Ibovespa, para ‘neutra’, e reafirmou a Rede D’Or (RDOR3) como sua preferida, reiterando a classificação ‘overweight’.
Em relação a Odontoprev, a equipe do banco norte-americano elevou o preço-alvo, de R$ 9,50 para R$ 10,50.
Para os analistas, a empresa deve registrar leve crescimento real dos lucros, colocando-a como “um player interessante de valor/dividendos, particularmente no contexto em que tem caixa líquido e deve ‘se beneficiar’ das taxas de juros mais altas”.
Além disso, citaram chance de revisões para cima do lucro por ação devido ao menor perfil de sinistralidade nos planos de pequenas e médias empresas, enquanto a frequência de utilização de planos corporativos e individuais já foi normalizada.
*Com Reuters
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