Finanças
Mineradora cripto Core Scientific pede recuperação judicial
É a mais recente empresa do setor a entrar em colapso após a crise disparada pela queda das criptomoedas.
A Core Scientific, uma das maiores empresas de mineração de criptomoedas de capital aberto nos Estados Unidos, disse nesta quarta-feira (21) que entrou com pedido de recuperação judicial, a mais recente empresa do setor a entrar em colapso após a crise disparada pela queda nos preços das moedas digitais.
Mais de US$ 1 trilhão em valor foi eliminado do setor de criptomoedas este ano devido ao aumento das taxas de juros e ao agravamento das preocupações de investidores sobre recessão. A crise eliminou os principais nomes do setor, como o fundo Three Arrows Capital, o banco Celsius Network e a corretora FTX.
Queda do bitcoin impactou mercado
Após uma vertiginosa valorização em 2020 e 2021, o bitcoin (BTC) – de longe a moeda digital mais popular do mundo – perdeu mais de 60% do valor este ano, pressionando o setor de mineração de criptomoedas.
A Core Scientific disse em comunicado que o pedido de proteção judicial foi necessário devido a um declínio no desempenho operacional e na liquidez da empresa em meio à queda prolongada no preço do bitcoin.
As ações da empresa acumulam desvalorização de cerca de 98% até agora em 2022, reduzindo seu valor de mercado para cerca de 78 milhões de dólares. As ações de outras mineradoras cripto, incluindo Riot Blockchain, Marathon Digital e Hut 8 Mining Corp caíram mais de 80% este ano.
Financiamento para dívidas
A Core Scientific disse que seus credores também concordaram em fornecer até US$ 56 milhões em financiamento. Um dos maiores credores da Core Scientific, B. Riley Financial, ofereceu 72 milhões de dólares na semana passada para evitar a falência da mineradora de bitcoin.
No pedido de proteção judicial, a Core Scientific disse que tem de 1 bilhão a 10 bilhões de dólares em ativos e passivos e entre 1.000 e 5.000 credores.
A Core Scientific abriu o capital em 2021 por meio de uma fusão com uma empresa de cheque em branco em um negócio que na época avaliou a mineradora em 4,3 bilhões de dólares.
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