Finanças
Morning Call: a semana é dos Bancos Centrais e suas políticas monetárias
Os principais fatos que podem impactar os mercados hoje e uma breve análise do índice Bovespa.
Cenário global e bolsa de valores
A semana começa com os dados do Índice de Preços ao Produtor da Alemanha em agosto com crescimento de 1,5% após a alta de 1,9% em julho, que supera a expectativa de 0,8% do mercado. Na comparação anual, a alta foi de 12% também superando as projeções de 11,4%. Os mercados europeus não reagiram bem aos resultados operam majoritariamente em queda nos principais índices europeus como Alemanha: -2,29%, Reino Unido: -1,69%, França: 2,21%, Espanha: -1,93% e Euro Stoxx: -2,29%.
O mercado asiático deve registrar uma volume negociações menos devido aos feriados no Japão e China nessa segunda feira. Na China, continua o imbróglio com sua 2ª maior incorporadora, a Evergrande, após a empresa declarar a possibilidade de inadimplência devido à sua estrutura alavancada, que preocupou o mercado com o risco de um efeito dominó na economia chinesa com efeitos colaterais em mercados internacionais. Essa notícia, aliada ao fato de recentes intervenções do governo no mercado, como o caso de restrições à empresas de tecnologia, já afetaram as bolsas na semana passada. Hoje, mesmo com feriado na China, um dos maiores índices da Ásia, o Hang Seng fechou o dia com -3,30%.
A semana também será marcada pelas reuniões de grandes Bancos Centrais e suas decisões de política monetária como:
- Japão: na terça feira, 21/07;
- EUA: o FOMC pode comunicar a previsão de quando a redução do ritmo de compra de títulos na quarta, 22/07;
- Brasil: o Copom deve seguir a elevação da Selic em pelo menos 1 ponto percentual em conjunto ao consenso de mercado;
- Reino Unido: deve divulgar na quinta feira, 23/07, a decisão da flexibilização do Quantitative Easing e sua taxa de juros para setembro.
Cenário no Brasil
Os elevados índices de inflação seguem pressionando o Copom a subir a taxa Selic em um conjunto de fatores como a crise hídrica, alta do preço de combustíveis e dificuldade da retomada econômica. Durante os meses de agosto e setembro, o mercado chegou a precificar altas superiores à 1 ponto percentual para a reunião do Copom que acontece entre os dias 21 e 22 de setembro porém as apostas atualmente seguem em um aumento de 1 ponto percentual.
Ibovespa
O índice Bovespa ainda sente a aversão ao risco pelos investidores ao fechar a semana passada aos 111.439,37 pontos. O patamar é um importante suporte. Caso ele seja perdido, a região entre os 105/106 mil pontos deve ser um novo referencial para suporte já que o Ibov continua ser negociado abaixo das médias de 21 períodos tanto no gráfico diário como semanal.
Juros
A curva de juros continua pressionada porém a semana passada se encerrou com queda semanal na parte curta da curva e leve elevação da parte longa. Aparentemente o mercado absorveu de forma positiva a saída aos pagamentos dos precatórios que financiariam um programa Auxílio Brasil através da arrecadação com o aumento do IOF até o final do ano.
Dólar
A moeda norte americana não apresentou grandes surpresas em uma mais uma semana de alta refletindo a imprevisibilidade aspectos políticos e fiscais. O dólar pode apresentar uma volatilidade maior na semana dependendo do tom do discurso do FOMC sobre a política monetária e divulgação dos pedidos por auxílio desemprego da semana passada.
Eventos e Indicadores
Brasil: Boletim Focus e 2ª prévia do IGP-M de setembro |
EUA: Índice de Confiança das Construtoras em setembro |