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Morning Call: Ibovespa segue corrigindo puxado por política e reforma tributária

Os principais fatos que podem impactar os mercados hoje e uma breve análise do índice Bovespa.

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Cenário global: tradicionalmente na primeira sexta-feira do mês, o mercado aguarda pelos números do relatório oficial do mercado de trabalho nos EUA (payroll) às 9h30. Os dados geram mais expectativas e ganham relevância, pois será a primeira divulgação após o Federal Reserve (Fed) sinalizar na última reunião de política monetária a possibilidade de começar a discutir uma retirada antecipada dos estímulos monetários. Além disso, o mundo inteiro fica de olho no mercado americano, após os receios com a variante Delta super infecciosa chegar na Europa e vai por em prova a recuperação econômica global. 

Os futuros de índices de ações em Wall Street operam em leve alta, com investidores esperando o relatório americano de emprego e a decisão da OPEP + sobre redução de cortes de produção, que foi adiada de ontem para hoje. Dentre os destaques, estão as ações da Johnson & Johnson, que anunciou um novo estudo em que sua vacina de dose única oferece grande proteção para uma variante delta do coronavírus. Já as bolsas europeias operam majoritariamente em alta hoje. A inflação ao produtor (PPI) da zona do euro subiu 1,3% em maio ante abril e 9,6% na comparação anual. Apesar de não haver um consenso para estes dados de inflação, representam um avanço em relação a abril (+ 7,6% na base anual).

Ásia: na China continental, índice Xangai Composto fechou em queda de 1,95%, aos 3.518,76 pontos; Em Tóquio, Nikkei subiu 0,27%, para 28.783,28 pontos; Em Hong Kong, Hang Seng caiu 1,80%, aos 28.310,42 pontos; em Seul, Kospi ficou estável (-0,01%), em 3.281,78 pontos; Europa: índice Stoxx 600 opera em alta de 0,31%, aos 457,06 pontos; Bolsa de Frankfurt sobe 0,42%, Londres + 0,10%, Paris + 0,06% e Madri -0, 16%; NY / Pré-mercado: futuro do Dow Jones sobe 0,03%, do S&P 500 + 0,04% e do Nasdaq + 0,16%; Petróleo à espera da OPEP +: Brent para setembro recua 0,16%, a US $ 75,72 o barril; WTI para agosto cai 0,11%, para US $ 75,11 o barril; Ouro para agosto sobe 0,33%, cotado a US $ 1.782,75 a onça-troy.

Brasil: a tensão política ganha destaque no mercado doméstico, com a CPI da Covid pesando sobre a bolsa brasileira. O ruído político incomoda e não se sabe onde vai parar, mas o que não desce mesmo no mercado é a proposta tributária de Guedes, que traz muitas críticas de agentes de peso do mercado financeiro e de especialistas tributários. A produção industrial é o principal indicador hoje no Brasil. 

O Ibovespa chegou a perder os 125 mil pontos com uma crise política fortalecendo a defesa do impeachment de Bolsonaro. Com a aprovação das reformas ameaçada, o índice caiu – 0,90%, aos 125.666,19 pontos, com giro de R $ 31,8 bilhões. Com a tensão política somada à crise hídrica e à reforma tributária, os ativos de maior peso no índice recuaram forte no Ibovespa no pregão de ontem. O IBOV segue em tendência de alta no longo prazo, porém sinais da correção foram dados e estão em andamento, após encontrar grandes dificuldades de seguir acima dos 130 mil pontos, atual resistência no gráfico e operar abaixo da média móvel curta (21 períodos).

Indicadores:
Fipe: IPC de junho (5h)
FGV: IPC-S Capitais de junho (8h)
IBGE: Produção Industrial de maio (9h)
EUA / Dpto. do Comércio: balança comercial de maio (9h30)
EUA / Dpto. do Trabalho: relatório de empregos de junho (9h30)
EUA / Deptº do Comércio: encomendas à indústria em maio (11h)
EUA / Baker Hughes: poços de petróleo em atividade
Áustria: Opep + realiza reunião ministerial e do comitê de monitoramento conjunto (JMMC)

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