Finanças
Novas regras para fundos de investimento causam polêmica entre gestores
A não divulgação de quais ativos constam na carteira de fundos por até seis meses está entre divergências de gestores.
Até outubro deste ano vai passar a valer as novas regras para fundos de investimento. E essas mudanças podem impactar diretamente os investidores comuns. Isso porque fundos que antes eram destinados a milionários ou investidores profissionais, vão poder ser acessados por pessoas físicas.
Essa mudança ia acontecer já agora em abril, mas a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) postergou a data dado os fundos precisarem de um tempo para se adequarem as novas regras.
A intenção da CVM com as mudanças é o maior acesso do investidor pessoa física no mercado de investimentos. A resolução CVM 175 é um novo marco regulatório desse mercado. Ela substitui a instrução CVM 555. E segundo gestores de fundos, as novas regras beneficiam muito os pequenos investidores. No entanto, um grupo diverge sobre algumas mudanças, como a não divulgação de quais ativos constam na carteira do fundo por até seis meses. Hoje, essa regra se limita a três meses.
Entre as alterações mais importantes está a padronização dos documentos dos fundos, onde será possível comparar com mais facilidade os produtos e compreender melhor os riscos e taxas cobradas.
Somado a isso, a abertura ao público em geral de fundos antes restritos aos milionários, como os que investem 100% no exterior, pesa mais entre as novidades. Outros produtos, como os Fundos de Direitos Creditórios (FIDCs) também poderão ser acessados pelo investidor comum, Antes, apenas aqueles que possuíam mais de R$ 1 milhão em aplicações financeiras conseguiam acessar esses produtos.
Neste Cafeína, Samy Dana e Dony De Nuccio explicam todos os detalhes das novas regras e o que muda na vida do investidor.
- Veja que são assets e como funciona?
Veja também
- À procura de novos bolsos para infraestrutura, gestoras avançam para a pessoa física
- Dois sócios, um terminal Bloomberg e um sonho: a receita de (in)sucesso das gestoras no Brasil
- Empresa apoiada por Mubadala vê ativos dobrando para US$ 100 bilhões
- Hora de acelerar para tornar o marco dos fundos realidade
- A Faria Lima aponta seu canhão de dinheiro para o mercado imobiliário em Portugal