Finanças

Os 10 setores da Bolsa que os gestores mais gostam em tempos de pandemia

Bancos, mineração e saúde estão no topo das escolhas para investir, segundo pesquisa com 100 gestores que alocam recursos em papéis de empresas brasileiras.

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Uma pesquisa com os 100 principais gestores que investem em ações no Brasil mostrou que o setor financeiro é o preferido para investir em tempos de pandemia da Covid-19, seguido de metais e mineração, saúde e utilities (que reúne papéis de segmentos como energia e saneamento). O estudo foi divulgado pelo BTG Pactual esta semana, assinado em relatório pelos analistas Carlos Sequeira e Osni Carfi.

No outro extremo, os setores menos citados pelos gestores de ações foram os de aviação e construção civil no ramo imobiliário – dois dos mais afetados pela crise provocada pela disseminação da doença.

Também aparece como menos desejado para compor a carteira de investimentos o setor de óleo e gás. Este semana, a cotação do petróleo negociado nos Estados Unidos chegou a ser negociado no campo negativo, diante do colapso nos estoques ocasionado pela fraca demanda durante a pandemia.

Veja abaixo os setores mais citados como preferidos pelos gestores de ações*:

SETORNÚMERO DE VOTOS
Financeiro50
Metais e mineração37
Saúde35
Utilities (energia, saneamento, estatais))34
Tecnologia24
Agronegócio22
Alimentos e bebidas22
Varejo20
Infraestrutura14
Aluguel de veículos e petróleo (empate)12
  • Fonte: BTG Pactual

Vale e Magazine Luiza no topo

As ações mais citadas pelos gestores como favoritas durante a pandemia foram a mineradora Vale (VALE3), a rede de varejo Magazine Luiza (MGLU3), o banco Bradesco (BBDC4), a processadora de alimentos JBS (JBSS3) e a companhia energética Equatorial (EQTL3).

Também aparecem bem posicionados os papéis do banco Itaú (ITUB3), a fabricante de cosméticos Natura (NTCO3) e o Banco do Brasil (BBAS3). Planos de saúde e empresas de varejo também aparecem bem posicionadas no ranking. Veja abaixo a lista completa, por número de votos:

De olho no PIB e reformas

Boa parte dos gestores consultados pelo levantamento está pessimista com o rumo da economia em 2020. Quase 40% deles responderam que esperam uma queda no PIB em 2020 de mais de 5%, enquanto 57% projetam uma contração entre 2% e 5% da atividade econômica em razão do coronavírus.

Apenas 13% dos gestores consultados acreditam que a reforma administrativa deve ser aprovada ainda em 2020 no Congresso Brasileiro, de acordo com o levantamento. Além disso, 40% deles responderam não esperar qualquer reforma este ano, enquanto 38% acreditam que apenas as 3 emendas constitucionais em discussão no Congresso, para equilibrar as contas públicas, devem passar este ano.

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