Finanças
Petrobras pagou mais dividendos em 2022 que todas as empresas da B3
Estatal distribuiu um volume recorde de R$ 194,6 bilhões, mais que o total pago por 321 empresas em levantamento do TradeMap.
A soma dos dividendos que a Petrobras (PETR3; PETR4) pagou ao longo de 2022 superou todo o montante distribuído em proventos (que também incluem Juros sobre Capital Próprio) por todas as todas as empresas listadas na bolsa brasileira, a B3. Os dados são de um levantamento do TradeMap divulgado nesta quinta-feira (27).
Enquanto a petroleira entregou aos acionistas um volume recorde de R$ 194,6 bilhões, todas as demais companhias de capital aberto listadas no Brasil (com exceção da própria petroleira) pagaram, juntas, R$ 193,4 bilhões no ano passado, segundo o estudo do TradeMap.
Foi o maior valor nominal pago por uma única empresa de capital aberto no Brasil. A União Federal, que também é acionista da Petrobras com 28,7% de participação societária, recebeu em 2022 a sua parte dos lucros: um total de R$ 55,8 bilhões em proventos.
Em 2022, Petrobras e a mineradora Vale (VALE3) pagaram, juntas, R$ 228,8 bilhões dos R$ 387 bilhões distribuídos em proventos por todas as empresas da amostra.
O setor que mais distribuiu dividendos – sem considerar a Petrobras e Vale –, foi o de intermediários financeiros (bancos), com R$ 32,3 bilhões, seguido por energia elétrica, com R$ 31,6 bilhões, e o setor de bebidas na terceira posição, com R$ 12,2 bilhões.
Dividendos nos últimos 5 anos
O estudo do TradeMap também abrange o pagamento de dividendos nos últimos cinco anos, e não considera empresas que fizeram IPO (abertura de capital na B3) entre os anos de 2020 e 2021. A amostra pesquisada abrange 321 empresas.
É importante lembrar que, em 2015 e 2016, a Petrobras não distribuiu dividendos devido a escândalos de corrupção. No ano de 2017 o volume de dividendos pago pela estatal de petróleo foi de R$ 538 milhões.
De cinco anos para cá, o total distribuído em proventos pelas empresas da amostra saltou de R$ 117,5 milhões para R$ 387 milhões – um crescimento aproximado de 230%, impulsionado principalmente pelo aumento nos pagamentos de Vale e Petrobras.
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