Finanças
HGRU11 é o FII mais indicado para agosto; veja ranking completo
Levantamento é baseado em carteiras de FIIs de um banco e quatro corretoras.
O fundo imobiliário CSHG Renda Urbana (HGRU11) é o FII mais recomendado para investir no mês de agosto, de acordo com levantamento do InvestNews, com dados das carteiras de cinco bancos e corretoras.
Entre as carteiras de FIIs analisadas, estão do Banco Santander, da Rico Investimentos, Warren, Empiricus e EQI Research. O objetivo é ter uma rentabilidade acima do IFIX, o índice dos Fundos Imobiliários, que subiu 1,33% em julho, após encerrar junho com alta de 4,7%. No mês, fundos de papel registraram alta média de 0,80%, enquanto fundos de tijolo apresentaram alta média de 1,61%.
O HGRU11 é um fundo híbrido que investe em imóveis dos segmentos de varejo e educação e conta com um portfólio de cerca de 70 imóveis, com total de área bruta locável (ABL), sendo que 67% se concentram no estado de São Paulo.
De acordo com a Rico Investimentos, do Grupo XP (XPBR31), o fundo possui um portfólio com ativos resilientes, como os do segmento de supermercados, alta concentração em contratos atípicos (80,7% da receita contratada), vencimentos 99% concentrados após 2025 e inquilinos com boa qualidade de crédito como, por exemplo, Carrefour, Pernambucanas, Yduqs, Anima, entre outros.
Como informado no relatório do mês de junho, a Rico destaca que o resultado do mês foi impactado pelo recebimento de preço das venda das lojas Pernambucanas de Francisco Beltrão–PR e Goioerê–PR, o que levou a um resultado de R$ 15,8 milhões (R$0,87/cota).
“Ademais, segundo os fatos relevantes do dia 27 de junho, o fundo enviou propostas de aquisição de 100% dos imóveis de 2 fundos (MINT11 e SPVJ11). De acordo com o fato relevante publicado dia 14 de julho, a administradora do fundo SPVJ11 convocou uma assembleia geral para deliberar sobre a aprovação da propostas”, diz a Rico.
Segundo o Banco Santander (SANB11), o fundo tem potencial de captação de R$ 1,2 bilhão, emissão aprovada em assembleia geral extraordinária, e conseguiria com esses novos recursos adquirir ativos aumentando a diversificação de imóveis e a capacidade da gestão da reciclagem do portfólio.
“O portfólio do FII tem um perfil mais defensivo (81% dos contratos são atípicos) e com vencimento de contratos de longo prazo (prazo superior a 2026). Estimamos um yield [retorno com dividendos] acima de 8,2% para os próximos”, disse o Santander, em nota.
O fundo imobiliário CSHG Renda Urbana também recebeu recomendações da carteira da EQI Research e Warren.
Ranking de recomendações de FIIs
A segunda posição do ranking é disputada por cinco FIIs, que receberam três recomendações cada um. Entre eles estão o Capitânia Securities (CPTS11), Kinea Rendimentos (KNCR11), RBR Alpha (RBRF11), BTG Pactual Logística (BTLG11) e XP Malls (XPML11).
O Capitânia Securities (CPTS11) é um fundo de recebíveis ou de papel que possui a maior parte da carteira de CRIs (98,61%) indexada ao IPCA, e sua taxa média de aquisição é de IPCA mais 6,62%, a parcela de 1,35% indexada em CDI possui taxa média de aquisição de CDI mais 3,61%.
De acordo com relatório da Rico, o fundo tem um histórico positivo na estratégia de obtenção de ganhos de capital com a negociação de CRIs (títulos de dívida imobiliária), e os gestores buscam atualmente uma reciclagem do portfólio com o desinvestimento em ativos de taxas menores no mercado secundário. A maior exposição da carteira de crédito é no setor logístico e industrial, com 47,2%.
O Kinea Rendimentos (KNCR11), por sua vez, possui carteira indexada ao CDI com yield médio de 2,41%, com prazo médio de 5,6 anos, enquanto a pequena parte da carteira indexada ao IPCA tem yield médio de 11,47% e prazo médio de 3,8 anos.
“O fundo é, portanto, majoritariamente alocado em títulos pós-fixados, e tende a se beneficiar em momentos como o atual de taxa de juros mais. O fundo também informa possuir atualmente 7,3% de exposição de seu PL em operações compromissadas reversas lastreadas nos CRIs de seu portfólio, usadas para trazer flexibilidade ao fundo para novas alocações.”
Rico Investimentos.
O portfólio do RBR Alpha (RBRF11) está atualmente alocado em 9 CRIs e 20 FIIs, e por setor 25% em Recebíveis, 32% no Segmento Corporativo, 9,0% no Segmento Logístico, 13,0% no segmento de Shoppings e 21,0% em outros segmentos.
E o XP Malls (XPML11) é um fundo de shopping centers com um portfólio bastante diversificado entre 16 ativos em 7 diferentes estados, totalizando uma área bruta locável (ABL) de 151 mil metros quadrados.
O fundo possui shoppings destinados a diferentes classes sociais, com maio representatividade de empreendimentos voltados para os públicos de alta
renda, como é o caso do Shopping Cidade Jardim e do Catarina Outlet, ambos
administrados pela JHSF.
“Esse tipo de consumidor consegue manter o seu poder de compra ao longo do tempo e atravessa crises de forma menos sensível, o que se traduz em resiliência para tais imóveis. Acompanhando o movimento de consolidação do setor, o fundo tem realizado movimentações interessantes em seu portfólio, incluindo aquisições e expansões de área”.
relatório da empiricus.
Outros seis fundos imobiliários disputam a terceira posição entre os FIIs mais recomendados para o mês de agosto: o Bresco Logística (BRCO11), CSHG Prime Offices (HGPO11), JS Real Estate Multigestão (JSRE11), Mauá Capital Recebíveis Imobiliários (MCCI11), RBR Rendimentos High Grade (RBRR11) e HSI Malls (HSML11).
Os imóveis do fundo Bresco Logística (BRCO11) são de alto padrão construtivo, e possuem favorável exposição em contratos atípicos (35%), o que traz maior segurança em períodos de
incertezas. A maior parte (92,9%) dos vencimentos dos contratos está concentrada a partir de 2026.
De acordo com o fato relevante divulgado no dia 17 de julho, a locatária Magazine Luiza solicitou a rescisão antecipada parcial do contrato de locação do Imóvel Bresco Contagem referente a uma área de 6.597 m² (9,5% do ABL). A locação representa R$ 0,01 por cota. Além disso, o fundo receberá do GPA um montante de R$ 12 milhões referente a indenização associada a rescisão antecipada do contrato de locação no Bresco São Paulo.
Já o CSHG Prime Offices (HGPO11) investe na compra de empreendimentos imobiliários comerciais prontos para locação e arrendamento, além de investir em bens e direitos relacionados a imóveis e na compra de ações ou cotas de sociedades cujas atividades sejam permitidas aos fundos imobiliários.
O JS Real Estate Multigestão (JSRE11) é um fundo híbrido com gestão ativa, destinado a investidores em geral, podendo alocar recursos em ativos como imóveis, cotas de outras FIIs e CRIs. Apesar de híbrido, ele investe exclusivamente em lajes corporativas e possui participação direta em cinco imóveis – quatro em São Paulo e um no Rio de Janeiro. O fundo também possui participação indireta, via cotas de FIIs, em outros cinco fundos de lajes, sendo o mais representativo o HGPO, com 2,06% da carteira. Assim, o JSRE possui cerca de 15% das cotas do HGPO.
“Presente em regiões como Chucri Zaidan, Paulista e Berrini, o JSRE tem potencial para aumentar a receita recorrente, dada a alta ocupação da Faria Lima. Os excelentes imóveis em São Paulo, todos com classificação AA ou superior, podem ter um aumento de demanda no reaquecimento da economia. Assim, com cerca de 8% de área de vaga, vemos um potencial
EQI Research.
aumento de receita advindo de alugueis”.
O Mauá Capital Recebíveis Imobiliários (MCCI11) aplica prioritamente em CRIs e possui 68% da alocação em segmentos logísticos e comercial. Segundo o Santander, o fundo conseguiu cumprir, ao longo dos últimos meses, o guidance de rendimentos e manteve-o linear em diferentes patamares da inflação.
O RBR Rendimentos High Grade (RBRR11) possui uma carteira diversificada de mais ou menos 40 CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários) com boas estruturas e garantias. Além disso, possui uma carteira balanceada com os indexadores IPCA (70%) e CDI (17%).
E o HSI Malls (HSML11) é composto pela participação de sete shoppings em 7 cidades de cinco estados brasileiros. O fundo segue com ativos representando o crescimento nas vendas e no resultado operacional líquido, sendo +12% e +16% no ano, respectivamente.
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