Finanças
Relatório mensal: como diversificar a carteira em julho
Neste relatório, comento o momento atual do mercado financeiro e como estou diversificando as carteiras da Easynvest para o mês de julho.
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Cenário atual (junho e julho):
Assim como no mês de maio, em junho tivemos mais um ótimo mês para o mercado financeiro de forma geral.
Dentre alguns fatores que contribuíram para isso, temos:
O apoio expressivo das amplas medidas de liquidez adotadas pelos bancos centrais para conter a crise relacionada ao coronavírus; a expectativa de que os juros baixos continuarão por um período prolongado; e a perspectiva de retomada das atividades econômicas levaram o mercado acionário nos EUA e no Brasil a fortes ganhos no segundo trimestre deste ano.
O índice S&P 500 obteve o maior avanço trimestral desde 1998 ao saltar (+19,95%) no período e a NASDAQ disparou (+30,63%).
Continuamos na estratégia de não tentar adivinhar o que vai acontecer, apenas surfando na recuperação dos mercados de forma cautelosa e defensiva, com posicionamentos seletivos e graduais, pois ainda enxergamos muitos desafios pela frente.
Desempenho das classes de ativos:
Renda Variável: no mês de junho, a bolsa brasileira se recuperou mais um pouco, fechando pelo terceiro mês consecutivo em alta, com valorização de 8,76%, acima dos 95.000 pontos. Neste último trimestre, o índice Bovespa subiu 30,18%, porém, no ano ainda caia 17,80%, até junho.
Renda Fixa: o mês de junho foi marcado por mais um corte na taxa básica de juros (Selic) pelo Banco Central brasileiro, para o seu menor nível histórico, 2,25% ao ano. Este movimento de juros baixos deve permanecer no médio prazo, tornando as opções de investimentos rentáveis para o investidor conservador mais escassas. Seguindo um movimento de política monetária expansionista, os juros futuros curtos se ajustaram ao novo corte da Selic e caíram um pouco mais, o que refletiu em valorização para títulos prefixados e indexados à inflação.
Multimercados: o momento continua favorável aos Fundos Multimercados, pois o gestor poderá alocar os recursos do fundo em diversas classes de ativos, desde renda fixa até investimentos de maior risco como ações e moedas, tomando as melhores decisões de acordo com as melhores oportunidades. Com os mercados mais calmos e oportunidades evidentes, os Multimercados continuam performando bem.
Moedas: após um semestre muito desafiador, a moeda americana acumulou alta de 1,93% no mês de junho, fechando aos R$ 5,44. No segundo trimestre subiu 4,69% e no semestre acelerou +35,66%, o mais intenso para a primeira metade do ano desde 1999, quando subiu 45,11%.
Alocação atual (como estamos nos posicionando para julho):
Renda Variável: para o mês de junho, vamos manter a alocação de renda variável em torno de 15% do portfólio, destes, 5% em dólar para proteção da carteira, porém, a posição em ações será aumentada novamente por meio do Fundo Multimercado Dahlia Total Return FIC FIM, o qual mantém uma média de 50% da sua carteira alocada em Bolsa no Brasil e nos EUA. O aumento desta exposição ao risco, sem excesso, reflete o momento de viés mais positivo que tem levado as bolsas a se recuperarem no último trimestre.
Multimercado: a alocação em multimercados foi aumentada de 25% para 30% do portfólio. O mix de Fundos Multimercados na carteira traz uma diversificação interessante, em que temos estratégias com arbitragem, renda fixa (juros nominais e real), câmbio no mercado interno e global e até mesmo ações.
Renda Fixa: com os mercados se movimentando de forma mais positiva, para julho vamos reduzir a parte de liquidez em ativos pós-fixados e aumentar a exposição em fundos de renda fixa e crédito privado (de 10% para 15%) que, devido às quedas recentes, estão com uma taxa média de carregamento dos seus títulos muito atrativa.
Segue abaixo um exemplo de como está a nossa alocação, por classe de ativos, para o mês de julho:
Alocação por classe de ativos (perfil Experiente) | Alocação % |
Renda Fixa – Pós-fixada | 50% |
Renda Fixa – Inflação | 5,00% |
Multimercados | 30,00% |
Renda Variável | 15,00% |
Total | 100,00% |
* Esse é um conteúdo de análise de um especialista de investimentos da Easynvest, sem cunho jornalístico.