Finanças

Resumo dos Analistas: IBOV rumo aos 115 mil pontos; payroll nos EUA; Eneva

Os principais fatos que podem impactar os mercados hoje, os destaques de ontem e uma breve análise do índice Bovespa.

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Destaques (José Falcão Castro):

  • Nos EUA, apesar do otimismo com o novo pacote fiscal e possíveis estímulos adicionais do Fed, a notícia de que a Pfizer irá reduzir pela metade as entregas de sua vacina neste ano, devolveu os ganhos das bolsas em NY no final do pregão de ontem, em dia que os EUA teve um recorde de 2.836 mortes pela covid; porém, após o fechamento do mercado, a farmacêutica Moderna confirmou que disponibilizará 20 milhões de doses aos EUA em dezembro;
  • Na agenda americana, hoje é dia de payroll com dados do mercado de trabalho americano, os mais esperado da semana (10h30); no Brasil, sem indicadores relevantes, está em foco a disputa política que trava as reformas no Congresso e a ação de governistas para mudar a Lei de Diretrizes Orçamentárias, que representa uma nova ameaça fiscal;
  • Hoje, os mercados reagem bem com Joe Biden afirmando que o pacote de US$ 900 bilhões é “bom começo” e elevando a expectativa sobre a retomada da economia; Dow Jones futuro avança 0,42%, S&P 500 (+0,34%) e Nasdaq +0,35%;
  • Na Alemanha, encomendas à indústria em outubro vieram bem acima das projeções e subiu 2,9%, porém foi antes das restrições da segunda onda de covid;
  • Na Europa, porém, há ruídos sobre o desfecho da negociação comercial União Europeia-Reino Unido (Brexit), após a França reiterar que vetará acordo insatisfatório;
  • Mas as principais bolsas do continente sobem: Frankfurt avança 0,2%, Londres (+0,80%), Paris (+0,35%), Madri (+0,50%), Milão (+0,53%) e Lisboa +0,81%.

Análise Gráfica – IBOV (Hugo Carone):

  • O IBOV Mesmo com a formação do último candle indicando topo, a tendência deve ser considerada de alta enquanto fechar acima do suporte imediato que seria de 110.000, MME9;
  • O suporte seguinte um pouco mais distante está em 104.500;
  •  Mesmo fechando um pouco acima dos 112.000, ainda ocorre de forma muito tímida, então permanece como uma das resistência, junto com o nível de 115.000.

Cenário macroeconômico (Murilo Breder):

  • Nem o PIB levemente abaixo do esperado foi capaz de minar os ânimos do Ibovespa. Ainda no clima de otimismo com a vacina, o principal índice de ações brasileiro subiu +0,37% e ultrapassou a marca dos 112 mil pontos ao fechar em 112.292 pontos;
  • A expectativa é de que as vacinas contra o coronavírus sejam aprovadas nos Estados Unidos na semana que vem e na União Europeia no fim do ano depois de já terem sido aprovadas no Reino Unido na última quarta-feira (02);
  • Por aqui, o PIB do terceiro trimestre veio abaixo do esperado. O IBGE divulgou que o PIB teve uma expansão de 7,7% no terceiro trimestre, menor que a expectativa de 8,7%. Como o PIB brasileiro sofreu uma contração de 9,7%, o lado do ‘copo meio cheio’ nessa história é que o PIB do terceiro trimestre pelo menos confirmou a forte recuperação da economia brasileira.

Cenário corporativo (Murilo Breder):

  • No cenário corporativo, Embraer (EMBR3, +11,1%), Gol (GOLL4, +8,8%) e CVC (CVCB3, +7,6%) foram as três maiores altas do Ibovespa nesta quinta-feira (03). A alta está diretamente relacionada à expectativa com as vacinas conforme comentado acima;
  • O principal destaque negativo ficou para a Eneva (ENEV3, -6,3%). Fora do índice (cotada para entrar em janeiro/21), o mercado foi pego de surpresa com a notícia de que a 3R (RRRP3, +1,8%) fez um lance que teria superado em 70% o valor ofertado pela Eneva para levar Urucu, a maior reserva de gás natural em terra do país;
  • O bloco teria capacidade para inclusive dobrar o tamanho da Eneva, mas a oferta da 3R, se não inviabiliza, ao menos dificulta a vida de ENEV3.
Indicadores
Brasil:
Produção de veículos (Anfavea)
EUA:
Balança comercial 
Poços de petróleo em atividade (Baker Hughes)
Relatórios de empregos / Payroll (Departamento do Trabalho)
Encomendas à indústria

* Esse é um conteúdo de análise de um especialista de investimentos da Easynvest, sem cunho jornalístico. 

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