Finanças
Taxas dos contratos futuros fecham em baixa sob influência do exterior
Investidores pouco alteraram suas posições no mercado de juros no Brasil.
Em uma segunda-feira (24) de agenda econômica esvaziada, as taxas dos contratos futuros de juros encerraram a sessão em leve baixa, sob influência do exterior, onde os rendimentos dos Treasuries também recuavam.
Na volta do feriado do Dia de Tiradentes no Brasil, os investidores pouco alteraram suas posições no mercado de juros, em meio à ausência de guias locais mais fortes para os negócios.
Nos Estados Unidos, o Federal Reserve de Dallas divulgou seu índice de manufatura, que atingiu 0,9 em abril, ante 2,5 em março. Como a queda foi inesperada, o indicador acabou dando suporte à visão de que não haveria tanto espaço para o Fed manter a taxa de juros em patamares elevados por tanto tempo.
O índice de atividade nacional do Fed de Chicago corroborou esta leitura, ao ceder 0,19 em março, a mesma queda registrada em fevereiro e ligeiramente acima das expectativas do mercado de uma queda de 0,20.
Em reação, os rendimentos dos Treasuries se sustentavam em baixa, o que influenciava os negócios também no Brasil.
“As taxas dos Treasuries estão recuando, ampliaram a queda depois do indicador do Fed de Dallas”, comentou Luciano Rostagno, estrategista-chefe do Banco Mizuho. “É o cenário lá de fora que está jogando um pouco para as taxas baixarem no Brasil.”
No fim da tarde, a taxa do DI para janeiro de 2024 estava em 13,205%, ante 13,229% do ajuste anterior. A taxa do DI para janeiro de 2025 estava em 11,885%, ante 11,971%. Entre os contratos mais longos, a taxa para janeiro de 2026 estava em 11,7%, ante 11,788% do ajuste anterior e a taxa para janeiro de 2027 estava em 11,86%, ante 11,943%.
Perto do fechamento, a curva a termo precificava 6% de chances de o Banco Central reduzir a Selic em 0,25 ponto porcentual no encontro de política monetária de maio e 94% de probabilidade de ele manter a taxa em 13,75% ao ano.
Pela manhã, o Banco Central divulgou o relatório Focus, com as projeções do mercado financeiro para os principais indicadores econômicos. A inflação projetada para 2024 (4,18%), 2025 (4%) e 2026 (4%) seguiram nos mesmos patamares da semana anterior. Os dados não fizeram preço na curva de juros.
No fim da tarde, os rendimentos dos Treasuries se mantinham em queda.
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