Finanças
VISC11 vai às compras e adquire 7 novos shoppings
Se as aquisições forem aprovadas pelo Conselho de Administração Econômico (Cade), fundo imobiliário será o maior detentor de participações em shoppings.
Antes do apagar das luzes de 2023, o fundo imobiliário Vinci Shopping Centers (VISC11) foi às compras e adquiriu numa tacada sete novos shoppings por R$ 537,3 milhões, o que o coloca como o maior fundo detentor de shoppings listado na B3.
As potenciais aquisições – que ainda carecem de aprovação do Conselho de Administração Econômico (Cade) – adicionam ainda uma nova administradora como parceira do fundo, a Allos (ALSO3), principal administradora de shoppings da América Latina. A companhia nasceu após fusão da Aliansce Sonae e BR Malls.
Em fato relevante, o VISC11 disse que a pluralidade de administradores de shoppings é parte da estratégia de diversificação do fundo, a fim de ter diferentes modelos de gestão.
O fundo acertou “memorandos de entendimentos” para a potencial aquisição dos seguintes shoppings centers (a Allos detém participação nos seis primeiros):
- 35% do Shopping Estação (Curitiba, PR).
- 5% do Plaza Sul Shopping (São Paulo, SP).
- 10% do Shopping Villagio Caxias (Caxias do Sul, RS).
- 15% do Carioca Shopping, (Rio de Janeiro, RJ).
- 15% do São Luís Shopping, (São Luís, MA).
- 10% do Bangu Shopping, (Rio de Janeiro, RJ).
- 20% do Madureira Shopping, (Rio de Janeiro, RJ).
O negócio representa um cap rate médio ponderado de 9,3%, o qual é 10,3% acima da média do portfólio atual do fundo, calculado considerando a estimativa de NOI (Net Operating Income, em tradução livre, Receita Operacional Líquida) dos próximos
12 meses e um NOI Caixa de R$ 1.048 por metro quadrado, aponta o comunicado.
Caso as aquisições sejam concluídas, o portfólio do Vinci Shopping Centers passará a ser composto por 30 shoppings, permanecendo como o fundo imobiliário detentor do maior número de participações diretas em shoppings. As potenciais aquisições
adicionarão ainda dois novos estados à carteira, que passará a ter presença em 16 estados brasileiros em todas as regiões, “fortalecendo sua tese de diversificação”, segundo a gestora.
Na manhã desta terça-feira (26) a Allos anunciou a venda de participações em seis shoppings centers por um total de R$ 442,8 milhões. O cap rate médio é de 8,5%.
Recentemente, a Fitch Ratings projetou queda de 8% nas receitas da Allos, o que já reflete o movimento de vendas de ativos em 2023, e não uma deterioração dos contratos de aluguel. O grupo administrador de shoppings vem em um movimento de reciclagem de portfólio.
Veja também
- Brookfield põe à venda Pátio Paulista e Higienópolis e decide sair do setor de shoppings
- Cenário para fundos imobiliários mudou: com juro alto, investimento vale a pena?
- JHSF conclui parte de acordo com XP Malls para venda de fatias em shoppings
- Reforma Tributária: contribuição de FIIs e Fiagros será opcional para ‘tranquilizar o mercado’
- Imóveis mundiais perderão 9% do seu valor por conta de tragédias climáticas