Eduardo Saverin, cofundador do Facebook, mantém-se como o brasileiro mais rico do país pelo segundo ano consecutivo, com patrimônio de R$ 227 bilhões. A Forbes divulgou a informação nesta quinta-feira (28), em sua 13ª edição da lista de bilionários brasileiros, que identificou 300 pessoas com fortunas superiores a R$ 1 bilhão.
O patrimônio de Saverin cresceu 45,5% em comparação ao ano anterior. Nascido em São Paulo, mas atualmente residindo em Singapura, o empresário beneficiou-se da “febre da inteligência artificial“, que impulsionou significativamente sua fortuna. Segundo a Forbes, o avanço da IA tem sido um fator determinante para o crescimento patrimonial de diversos bilionários do setor tecnológico.
Por que o patrimônio de Eduardo Saverin aumentou?
A Forbes destaca que, “graças à continuidade da valorização das ações da Meta, controladora do Facebook, o patrimônio do brasileiro Eduado Saverin avançou ainda mais”.
“Nos 12 meses até junho de 2025, as cotações subiram 33% em Wall Street e seguiram subindo nas semanas seguintes. Os investidores gostaram da aceleração dos investimentos em Inteligência Artificial (IA) da empresa fundada por Mark Zuckerberg”, destaca publicação.
Eduardo Saverin foi sócio da empresa desde o início. Inclusive, o primeiro servidor do Facebook foi instalado na garagem da casa dos pais dele, enquanto o brasileiro estudava em Harvard. Residente em Singapura desde 2012 e com perfil discreto, Saverin é dono da B Capital, empresa de investimentos focada em startups.
Vicky Safra e mais
A diferença entre Saverin e o segundo colocado no ranking é de quase R$ 100 bilhões. Vicky Sarfati Safra e família ocupam a segunda posição com R$ 120,5 bilhões, valor 9,4% maior que o registrado no ano anterior. Ela é a única mulher presente entre os dez mais ricos do Brasil.
Jorge Paulo Lemann aparece na terceira colocação com fortuna de R$ 88 bilhões. O setor financeiro tem forte presença no topo da lista, incluindo representantes como Vicky Safra (Banco Safra), André Santos Esteves (BTG Pactual) com R$ 51 bilhões, e os irmãos Salles (Itaú Unibanco/CBMM).
Fernando Roberto Moreira Salles possui patrimônio de R$ 40,2 bilhões, enquanto seu irmão Pedro Moreira Salles acumula R$ 38 bilhões.
Entre os dez primeiros colocados, Jorge Neval Moll Filho, do setor de saúde, registrou o maior crescimento percentual, com aumento de 119,1% em sua fortuna, alcançando R$ 30,4 bilhões. A Forbes destaca a Rede D’Or, fundada por Moll em 1977 – hoje o maior grupo hospitalar do Brasil, com 69 hospitais próprios e 53 clínicas oncológicas -, fez seu IPO na B3 em 2020, movimentando então R$ 11,3 bilhões.
“Moll segue como principal acionista da companhia e preside o conselho de administração. A esposa, Alice Junqueira Moll, e seus cinco filhos são acionistas. Em 2025, circularam especulações de uma associação entre a Rede D’Or e a rede de medicina diagnóstica Fleury”, diz a publicação.
Em contrapartida, Carlos Alberto da Veiga Sicupira, do setor de bebidas e investimentos, teve redução de 20,8% em seu patrimônio, totalizando R$ 39,1 bilhões.
Eduardo Saverin e mais: o top 10 dos blionários brasileiros
Confira a lista dos dez bilionários brasileiros mais ricos de 2025, de acordo com a Forbes:
- Eduardo Saverin: R$ 227 bilhões (+45,5%)
- Vicky Safra e família: R$ 120,5 bilhões (+9,4%)
- Jorge Paulo Lemann: R$ 88 bilhões (-4,2%)
- André Esteves: R$ 51 bilhões (+56%)
- Fernando Moreira Salles: R$ 40,2 bilhões (+4,5%)
- Beto Sicupira: R$ 39,1 bilhões (-20,8%)
- Pedro Moreira Salles: R$ 38 bilhões (+5,1%)
- Miguel Krigsner: R$ 34,2 bilhões (+19,2%)
- Alexandre Behring: R$ 31 bilhões (-11,1%)
- Jorge Moll Filho: R$ 30,4 bilhões (+119,1%)
Predominância masculina
A lista completa mostra predominância masculina entre os bilionários brasileiros. Dos 300 nomes, 240 são homens – juntos, acumulam R$ 1,68 trilhão. As 60 mulheres presentes somam patrimônio de R$ 343,7 bilhões.
A Forbes identificou 31 novos bilionários que entraram para o grupo pela primeira vez em 2025. Do total de bilionários, 56,33% registraram crescimento patrimonial no último ano, enquanto 20,6% tiveram redução em suas fortunas. Apenas um bilionário manteve seu patrimônio estável no período analisado.
A metodologia da lista considera principalmente o valor das ações em bolsa, com base na cotação de fechamento de 30 de junho deste ano. A publicação utiliza informações públicas e auditadas para compor o ranking, o que pode resultar em subestimação de alguns patrimônios, já que nem sempre inclui bens como imóveis, obras de arte ou embarcações.