Os bitcoins estavam em carteiras controladas por Chen Zhi, acusado de liderar o Prince Group, um complexo de trabalho forçado baseado no Camboja que promovia fraudes financeiras envolvendo criptomoedas. Segundo o DoJ, o grupo vitimou milhares de pessoas, incluindo 250 norte-americanos.
De acordo com as investigações, o esquema começou em 2015. Os golpistas abordavam vítimas por redes sociais e aplicativos de mensagens, prometendo lucros altos em investimentos com criptoativos. As vítimas transferiam recursos para carteiras indicadas pelo grupo, que sumia em seguida.
Bitcoin na reserva dos EUA
O governo norte-americano pretende confiscar oficialmente os bitcoins após a condenação de Zhi no Tribunal Distrital do Leste de Nova York, onde ele responde pelas acusações. Se confirmada, a decisão reforçará a reserva estratégica de bitcoin dos Estados Unidos, criada neste ano.
A reserva nacional de criptoativos foi instituída por meio de uma ordem executiva do presidente Donald Trump publicado no início deste ano, que determinou que os ativos digitais apreendidos em operações civis e criminais passem a integrar o tesouro federal.
A iniciativa coloca os EUA em uma posição distinta de países como El Salvador, que formou sua reserva de bitcoin por meio de compras diretas no mercado.
O país soma hoje 197.354 bitcoins, o equivalente a US$ 22 bilhões – o maior estoque de criptoativos entre todas as nações. Com a entrada das novas criptomoedas, porém, a pilha de criptos pularia para 324.625, ou cerca de US$ 36,5 bilhões.
No total, 13 países têm reserva de criptos. A China, com 190 mil BTC (US$ 21 bilhões), é a segunda maior, seguida do Reino Unido, com 61.245 BTC (US$ 6,8 bilhões), em terceiro lugar.
Veja as cotações das principais criptomoedas às 7h30:
Bitcoin (BTC): +1,99%, US$ 112.491,82
Ethereum (ETH): – 8,49%, US$ 4.126,10
XRP (XRP): +3,35%, US$ 2,50
BNB (BNB): + 0,70%, US$ 1.184,50
Solana (SOL): +6,95%, US$ 205,08
Outros destaques do mercado cripto
Nova stablecoin brazuca. O real brasileiro ganhou mais uma stablecoin: a BRLV. A nova cripto, pareada à moeda nacional na proporção de 1 para 1, foi criada pela fintech Crown, que levantou US$ 8,1 milhões com investidores – entre eles, a Coinbase Ventures – para lançar o projeto no Brasil. Segundo a empresa, a BRLV é 100% lastreada em títulos públicos e voltada a investidores institucionais. Com ela, o real já soma seis stablecoins atreladas à sua paridade.
ETFs cripto com gás novamente. Após saídas massivas de capital institucional nos ETFs de bitcoin e ethereum dos EUA, provocadas pela guerra tarifária entre China e país, esses produtos financeiros voltaram a atrair recursos. Dados da plataforma SoSoValue mostram que os fundos registraram entradas líquidas de US$ 340 milhões na terça-feira, recuperando-se da saída combinada de US$ 755 milhões registrada na segunda-feira (13).